Experiência de Marca

11 coisas que você precisa saber para escalar um negócio

O sócio-diretor do Grupo Ultra e especialista em franquias, Marcel Gandra, traz dicas baseadas em suas vivências para expandir um negócio

*por Marcel Gandra

No entanto, existem algumas variáveis que devem ser levadas em conta quando um empresário decide apostar na escalabilidade de seu negócio. A primeira delas é entender o seu conceito. “É a capacidade de um negócio crescer e atender a mais demandas internas e externas sem perder os elementos que agregam valor e sem elevar os custos na mesma proporção”, define Gandra. 

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Ou seja, é preciso encontrar a fórmula para expandir em volume, faturamento, vendas, número de clientes, mas as despesas não podem seguir no mesmo compasso. Para Marcel, muitos foram os aprendizados com a pandemia. “Aprendemos a ter mais austeridade, enxergar realmente quais são os custos necessários para conseguir escalar e sobre a combinação do mundo híbrido – virtual e presencial – e que temos a capacidade de acompanharmos a jornada do cliente nos dois universos”. 

Outro ponto abordado pelo sócio-diretor é que a escalabilidade nem sempre é adequada para um negócio. “É preciso entender a fundo a sua essência, funcionamento e estrutura, para checar se é viável expandi-lo, seja por um crescimento orgânico, por fusões ou aquisições, ou por franquias”. 

Por isso, Gandra traz alguns conselhos e elucidações importantes sobre a escalabilidade, adquiridos ao longo de algumas décadas de atuação no mercado. Confira alguns pontos importantes que podem ser adequados a qualquer ramo de atuação.

  • Comece pequeno, pense grande e cresça rápido. Em primeiro lugar é preciso pensar quais são os recursos necessários para fazer o projeto nascer, mas sem exageros. Tenha austeridade nos custos. Ao mesmo tempo, é preciso ter a visão de onde se pode chegar, estudando todas as oportunidades ainda não ocupadas nesse mercado. Por fim, para se ter escalabilidade é necessário crescer rápido. O mercado é muito dinâmico e a concorrência está ou brevemente estará presente em todos os lugares.
     
  • Defina o diferencial do seu negócio. Ter um diferencial possibilita que o consumidor consiga perceber as suas qualidades, optar pelo seu serviço e permanecer por mais tempo. Muitas vezes saber claramente qual problema do consumidor se deseja resolver e fazê-lo com excelência já te coloca em posição de vantagem.
     
  • Ofereça consistência e segurança ao seu público-alvo. Nada mais seguro que garantir ao seu cliente que encontre o mesmo serviço em qualquer loja/unidade da rede. “Quando você consegue criar essa padronização, a chance de o cliente buscar o seu negócio é maior”.
     
  • Inovar é preciso. Não é porque o seu negócio atende bem o cliente e obtém bom faturamento que a inovação deve ser deixada de lado – ela faz parte do processo de escalabilidade. “A inovação tem que ser algo perseguido constantemente, pois o mercado e as necessidades dos consumidores mudam em uma velocidade muito rápida.
     
  • Tecnologia é fundamental. Seja na jornada do cliente, seja na gestão do negócio. Hoje existem sistemas com todas as soluções tecnológicas necessárias tanto para mapear a jornada do usuário, quanto para controlar um negócio. “Desde a entrada dos clientes, características do consumo (produto mais consumido, tempo de permanência na loja, etc), receitas, despesas, entre outros. Quando se utiliza a tecnologia a favor da experiência do usuário e da gestão, é possível permanecer na vanguarda e pronto para escalar.
     
  • Simplicidade nos processos e clareza na comunicação. Com a chegada de novas unidades do negócio, todos os processos precisam estar bem definidos para que o foco seja replicar e atender cada vez melhor o consumidor. Além disso, com as regras claras para clientes e colaboradores não há atrito por divergência de interpretação.

Por fim, Gandra deixa três importantes reflexões sobre a possibilidade de escalar seu negócio; 

  1. Pense com cuidado nas razões que levam à expansão da empresa. Sobreviver em um mercado competitivo? Aumentar a geração de lucro? Ampliar o market share? Alcançar maior valor de mercado? Ou tudo isso? “Crescer também faz parte do processo de sobrevivência de uma empresa no mercado. Em alguns casos, a empresa  passa a ser uma companhia com bom valor somente quando escala”, reforça Marcel.
     
  2. Elabore uma estratégia futura. Gandra aponta algumas perguntas que também devem ser feitas para guiar a construção desses passos, seguindo esta ordem de questionamentos: Onde queremos chegar? Quais caminhos devemos tomar? O que devemos atingir? O que temos que fazer? 
     
  3. Escolha um caminho para escalar: crescimento orgânico, M&As (fusões e aquisições, na sigla em inglês) ou franquias. Algumas empresas crescem organicamente utilizando o seu resultado para reinvestir. Outras escolhem comprar empresas relativamente maduras, pois isso encurta o tempo para atingir a meta de quantidade de unidades. Há ainda quem opte pelo sistema de franquias, pois na maioria dos casos já se tem um modelo testado, o que traz maior segurança para alguns perfis de investidores.
     
  4. Perguntas para serem feitas na hora de colocar a mão na massa. Seu modelo de negócio é facilmente replicável? É possível manter o seu diferencial sendo 10 vezes maior do que a empresa é hoje? O que é preciso mudar com o crescimento? Quais são os principais gargalos que podem ocorrer com o crescimento – capital, pessoas, fornecedores? Coloque no papel três ações para aumentar a escalabilidade do seu negócio e comece já!!!