Mais do que uma data, este dia representa a possibilidade de reflexão de todos os setores da sociedade sobre o tema.
Em Porto Alegre, a criação da Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão Social (Seacis), em julho de 2005, representa uma conquista histórica para a cidade.
São muitas as dificuldades encontradas pelos portadores de deficiência nos gestos e movimentos mais simples do dia-a-dia.
Nas-dificuldades para andar pelas ruas, tomar uma condução, entrar em lojas e bancos; uma infinidade de situações que é até difícil de imaginar.
Por isso, sempre que puder, cobre das autoridades o cumprimento e a criação de cidades mais humanas e espaços preparados para receber bem o deficiente físico.
O cidadão deficiente também quer seus direitos cumpridos e respeitados. Apenas um em cada 20 portadores de deficiência física ou mental estuda em escola especial.
O restante, segundo o Censo Escolar de 1999, frequenta instituições para deficientes ou estuda em escolas regulares. O número de estudantes deficientes com mais de 19 anos é de seis milhões.
Nos últimos dois anos, as matrículas em escolas especiais cresceram 6%, passando de 293 mil para 310 mil. Cerca de 55% desses alunos são atendidos por escolas privadas e quase 70% deles estão nas regiões Sul e Sudeste.
A lei delega aos estados e municípios a responsabilidade pelo atendimento desses alunos, que devem, preferencialmente, ser matriculados em escolas regulares.
“… tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam”. Sabedoria máxima de Rui Barbosa, que bem pode ser aplicada aos incapacitados físicos.
Afinal, somos desigualdades, mas merecemos respeito e temos o direito de legar a nossa participação de trabalho.