Dia 17/10 é o Dia da Indústria Aeronáutica Brasileira. A data comemora o primeiro vôo inaugural do bi plano Muniz M-7, em 1935, o primeiro a ser construído no Brasil. Projetado por António Guedes Muniz, em 1934, o modelo era um monomotor com dois assentos e capaz de fazer acrobacias. Ele foi desenvolvido em Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, e 27 unidades foram construídas.
A história das indústrias brasileiras é bastante recente quando comparada à de outros países, principalmente os que viveram a Revolução Industrial no século XIX. Por isto, a maior parte das realizações industriais do nosso país se refere à instalação, manutenção, consolidação e integração do parque industrial.
Só recentemente, na década de 90, que o Brasil começou a adotar uma política de competitividade. A produção de petróleo, por exemplo, praticamente triplicou em 1994, impulsionada pela crise de petróleo da década de 70. Também na década de 90 a indústria automotiva foi modernizada e cresceu significativamente. Entre 1990 e 1997, o Brasil passou a ocupar oitavo lugar na classificação mundial de produção de automóveis – antes era o décimo colocado.
A indústria aeronáutica demorou a “decolar” no Brasil. Somente há cerca de 20 anos é que a produção de aeronaves brasileira ganhou força, mas valeu à pena: hoje, a Embraer é a quarta maior empresa produtora de jatos regionais do mundo; a indústria aeronáutica brasileira é a sexta maior do mundo. O “Tucano”, avião militar, é usado em mais de 14 Forças Aéreas no mundo, por exemplo.
Até mesmo no espaço há a marca da indústria brasileira. Em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e com o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), foram desenvolvidos programas de construção de satélites, inclusive com a colaboração da NASA. O CBERS, por exemplo, foi o primeiro satélite de sensoriamento remoto brasileiro, produzido junto com a China e lançado em outubro de 1999.