Eis que em 20 de setembro de 1935 se trava o primeiro combate entre farroupilhas e as tropas imperais sobre a Ponte da Azenha em Porto Alegre, com a vitória farrapa que permitiu a tomada da capital. Tem início a Revolução Farroupilha.
O movimento se estendeu por cerca de 10 anos, com sangrentos combates. Pela longa duração se constata a garra do povo gaúcho, mesmo com o maior número de soldados e equipamentos das tropas imperiais.
Mesmo com as sucessivas vitorias, um fato ajudou para a paz: o ditador Argentino Rosas (que queria a expansão territorial e interessava-se na prolongação da revolta) mandou emissários propondo aliança com o líder farroupilha, David Canabarro, que respondeu-lhe com uma patriótica declaração:
“Senhor: o primeiro de vossos soldados que transpuser a fronteira, fornecera o sangue com que assinaremos a paz com os imperiais. Acima de nosso amor a República esta nosso brio de brasileiros. Quisemos ontem a separação de nossa pátria; hoje, almejamos a sua integridade. Vossos homens, se ousarem invadir nosso país, encontrarão, ombro a ombro, os republicanos de Piratini e os monarquistas do Sr. Dom Pedro II.”
Nada mais foi necessário para o acordo e o armistício ser assinado em 28 de fevereiro de 1945.
Não houve derrotados e nem vencedores, mas os farrapos conseguiram o que desejavam. A história de patriotismo e coragem de um povo, em busca de seus ideias e causas justas!