As expectativas e tendências para 2025 permeiam todas as indústrias: do setor de eventos a outras possíveis mudanças, a tecnologia também não escapa disso.
Não é para menos: em 2024, o setor de tech viu inovações por todas as partes. Não só acompanhamos o crescimento da inteligência artificial, mas também cresceram as ofertas em realidade aumentada, sistemas de eficiência energética e até novos chips de processamento.
E em 2025, as promessas são ainda mais evidentes, com recursos já conhecidos sinalizando evolução, enquanto especulações de novos produtos já aquecem o setor. Abaixo, veja cinco tendências que podemos esperar para o ano que vem.
As 5 principais tendências para o mercado da tecnologia
GPT-5 (ou seja lá qual for o seu nome)
No primeiro semestre, a OpenAI revelou o GPT-4o, até então a versão mais avançada do Grande Modelo de Linguagem (LLM) que alimenta o ChatGPT. Uma atualização seguinte trouxe o “GPT-4o1”. Mas a empresa liderada por Sam Altman não se limitou a isso, prometendo um LLM futuro que, em termos nada humildes, seria capaz de superar a inteligência humana.
Tal versão recebeu o codinome “Orion” e, inicialmente, seria hospedada nos servidores Windows Azure, da Microsoft (principal parceira da OpenAI). Embora rumores iniciais afirmasse a chegada do Orion para dezembro, isso não aconteceu, então especula-se que a “nova IA” da OpenAI deve aparecer em 2025.
Mais chips dedicados apenas à IA
Em 2024, o público viu o lançamento de computadores e outras máquinas dotadas de um chip específico, chamado “NPU” (sigla em inglês para “Unidade de Processamento Neural”). Esse componente é especificamente desenhado para o processamento de tarefas executadas pela inteligência artificial (IA).
Um problema que poucos contam sobre a IA: ela exige muito processamento — bem mais do que computadores normais conseguem dar conta. A criação de um chip dedicado a isso não era uma obviedade, mas sim uma necessidade.
Para o ano que vem, no entanto, a expectativa é a de que o volume de trabalhos que envolvam a IA aumentem — até as campanhas de marketing já incluem a tecnologia. Assim como aconteceu com as CPUs e, posteriormente, as GPUs para vídeo, é bem provável que as NPUs ganhem ainda mais espaço a partir da virada de ano.
A volta dos consoles portáteis
Não bastando o Nintendo Switch 2 ser um dos projetos mais comentados da indústria mundial dos videogames, a “portabilização” da tecnologia por trás dos jogos promete retornar com força total.
Isso porque, em 2024, vimos diversas empresas se aventurarem (com variados graus de sucesso) no campo, lançando produtos como Steam Deck, ROG Ally, Lenovo Legion Go – apenas para citar os principais. E todos eles, com capacidades impressionantes de rodar jogos em configurações avançadas, que exigiriam nada menos que um PC “parrudo” fosse outro o contexto.
Voltando ao Switch 2, a própria Nintendo confirmou que não tratará do assunto abertamente antes de abril de 2025, quando a secretiva companhia japonesa fechará seu ano fiscal. Entretanto, a existência do projeto é oficial. E há rumores de que a Sony, dona do PlayStation, está estudando uma volta ao mercado portátil — foi dela que saíram o PlayStation Portable (2005) e o PlayStation Vita (2011), e ela própria lançou o PlayStation Portal este ano.
O casamento entre a tecnologia da saúde e os gadgets de consumo
Em 2024, a Samsung lançou o Galaxy Ring, o Galaxy Watch7 e o Galaxy Watch Ultra. A Apple não ficou atrás e, neste mesmo ano, mostrou ao mundo o Apple Watch Series 10. Ambos trouxeram as atualizações costumeiras, e ambos mostraram um foco bastante aprimorado em uma coisa: relatórios de saúde.
Culpe a pandemia da COVID-19 ou uma percepção maior dos nossos próprios hábitos, é fato que, em 2024, nós começamos a nos cuidar mais: uma projeção publicada pelo Statista indica que a indústria de saúde e fitness deve chegar a um faturamento global de US$ 6,73 bilhões até 2027, com crescimentos ininterruptos daqui até lá.
Hoje, basta olhar em volta na academia para ver diversas pessoas treinando com smartwatches em pulso. É seguro dizer que as ferramentas conhecidas como wearables — ou “tecnologia vestível” — deve acompanhar essa ampliação de outros setores.
Mais (e melhores) carros elétricos
Antigamente, carros elétricos eram sinônimos de veículos fracos, com uma serventia mais familiar, que fazia apenas “o básico”. Em 2024, isso mudou: não apenas a chinesa BYD destronou o reinado da Tesla (via The Motley Fool), como montadoras tradicionais — Volkswagen, Renault e General Motors — se renderam ao setor, desenvolvendo carros elétricos ou híbridos próprios.
No Brasil, a adoção da tecnologia elétrica para veículos foi meteórica: segundo o Report Linker, o mercado local era avaliado em US$ 2,1 bilhões (R$ 12,76 bilhões) em 2022. A projeção é que ele praticamente quadruplique de tamanho em até 2027, chegando a US$ 8,4 bilhões (R$ 51,06 bilhões). Pelo estudo, essa é uma tendência mundial, com alguns países oferecendo isenções tarifárias a veículos elétricos a fim de combater o avanço do aquecimento global.
Não “somente” 5
As cinco tendências acima são apenas algumas das previsões que podem ser feitas dentro de um caráter especulativo. Muitas outras podem aparecer: computação quântica, aplicação da medicina à distância, evoluções na criação de aparelhos atuais. O caráter moldável da tecnologia é justamente o facilitador que preconiza todas as indústrias a se beneficiarem disso.