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80% de nossa vida está ruim, porque vivemos no País dos 80% X 20%.

Podia ser bem legal essa fórmula matemática se ela tivesse em sua maior parcela o que de bom o todo tivesse, mas não é assim. Por isso, vamos de mal a pior em tudo nos enganando, por omissão ou descaso.

80% de nosso Executivo, do Legislativo e do Judiciário é constituído de gente mal intencionada, despreocupada com o povo e mais preocupada, portanto, com seu bolso e seus próprios interesses.

Já os 20% que sobram, aqueles caras que fazem a diferença, os honestos, cidadãos e honrados patriotas acabam sendo os responsáveis por continuarmos mantendo a corja lá. Ou seja, endossam os ruins. Aí, dizemos: Tem gente boa ali. Não dá para generalizar.

80% dos professores do nosso País não estão aptos a dar aulas. Ou porque não estão formados como deviam por Universidades de segunda (80% delas são muito ruins e mereciam fechar – algumas, no Rio, fecharam mesmo.), ou porque não gostam do que fazem e escolheram o Magistério porque era o curso mais fácil de passar, ou porque ganham mal e fazem do magistério bico, quando ficam nele.

Só 20% dos nossos professores, hoje em dia, valem a pena e nos fazem dizer: Mas o professor tal faz a diferença. Ele é que nos faz aturar os medíocres que jogam na lama uma profissão maravilhosa ou jogam fora uma geração inteira.

Por outro lado, 80% dos alunos nas universidades, hoje, são quase analfabetos funcionais. Medíocres, no exato sentido da palavra, vão às aulas por ir, não cobram dos professores o desempenho. Se irritam, inclusive, se eles dão aula até o final do último tempo, passam tarefas ou são frequentes e pontuais. Fazem das Universidades clubes de encontros, festas, porres e brincadeiras.

Mas 20% deles valem muito, são preciosidades. Serão os futuros empreendedores. São interessados, sofrem bulling, porque aos medíocres incomodam. Eles nos fazem dizer: Pelo menos alguém estuda, né! Alguém vai, no futuro, construir conhecimento, melhorar profissões, gerar o novo e construir um País melhor.

80% dos nossos médicos são um desastre. Cuidam de doenças e não de doentes. Matam ao invés de curar, porque não respeitam o ser humano, humilham as pessoas – os idosos em especial, se aproveitam de sua profissão para enganar, iludir, ludibriar ou se aproveitar da fragilidade das pessoas. Não entendem o seu papel e, por fim, não têm a menor ideia do que fazem ao repetir para todos: É uma virose! Tem que operar! Não vou atender hoje, volte daqui há dois meses! E por aí vai.

Mas há, e graças a Deus há, médicos humanos, que tratam gente doente e as curam de males que dentro delas reside. Passam confiança, carinho e respeito. Para eles dizemos: Devo minha vida a você. Que Deus o ilumine. Que bom que há médicos assim. E só por isso não enfiamos a mão na cara de uns debilóides de branco que não são médicos, quanto mais gente.

80% do nosso mercado está recheado de agências de segunda, clientes de segunda, profissionais despreparados para desempenhar de forma lúcida e técnica sua funções. São eles que causam os acidentes, os fracassos de resultado esperado, a surpresa na hora “h” que nos leva ao Plano B, ou, pior, a ausência de qualquer Plano B na hora “h”, o que nos deixa em posição lastimável.

No entanto, há 20% dos profissionais de nossa área que são maravilhosos, gênios e perfeccionistas. Preparados e cuidadosos. Honram o live marketing e nos levam, a dizer: Dá orgulho ver o que a agência tal e seus profissionais fazem. É isso que me faz continuar a acreditar no futuro do Live, gente como eles.

Há, também, os 20% dos clientes que nos valorizam, são racionais e qualificados o suficiente para entender que trabalhamos em troca da remuneração justa, recebida em prazo decente. E que ainda elogiam o trabalho bem feito, reconhecem o que fazemos e dão-nos o crédito devido. Para eles falamos: Tem cliente bom sim, por isso ainda faço o que faço.

80% dos políticos não valem nada. Basta olhar o que você tem a sua frente no horário eleitoral. Mentem, enganam, dissimulam, ofendem sua inteligência com promessas falsas e falas sem nenhuma coerência – gramatical ou mental. São sempre os mesmos, os mesmos nomes, as mesmas caras safadas.