As marcas contarão ainda mais com as redes sociais como um componente importante de seus planos de marketing em 2014. Mas, assim como nos eventos e ações de live marketing, as métricas positivas não são fatores preponderantes na decisão das empresas em continuar investindo na utilização da nova mídia.
Este é o resultado das recentes pesquisas publicadas por institutos especializados no acompanhamento do atual fenômeno que envolve a comunicação no mundo.
O relatório da eMarketer confirma esta tendência refletindo que nove, em cada dez empresas, realizarão ações de marketing utilizando a mídia social no próximo ano.
O estudo denominado “Social Media Advertising. Sete Tendências para 2014”, mostra a importância das redes sociais na estratégia de marketing on-line das marcas, bem como a evolução nos últimos anos. O resultado salienta o crescimento positivo das ferramentas de publicidade do Facebook em 2013.
Outro relatório publicado pela RBC Capital Markets, em colaboração com a Advertising Age, posicionou a rede de Mark Zuckemberg como a segunda plataforma de publicidade digital em termos de ROI, perdendo apenas para o Google. O Twitter, que abriu capital na semana passada, aparece em terceiro.
Esta análise difere radicalmente de outra, publicada no início de novembro pela Forrester, que classificou o Facebook como a rede social que proporciona menor valor.
Segundo a Forrester, o formato de anúncios do Facebook com base em imagens estáticas obtiveram menos impacto do que a publicidade em outros meios digitais. Seus números também mostraram que menos de 15 % das impressões de publicidade do Facebook efetivamente alcançaram o público-alvo. Apesar da análise sombria sobre a publicidade no na rede social, a Forrester também confirma o aumento do uso de redes sociais pelas marcas.
Com relação ao Twitter, a sensação dos analistas é de expectativa, aguardando por novos projetos e propostas inovadoras, entre as quais, a aquisição MoPub para melhorar a sua eficácia como uma plataforma de publicidade .
Em última análise, todos concordam que as redes sociais têm sido capazes de demonstrar a sua eficácia como um canal de comunicação. Outra pesquisa divulgada este mês pela Oracle também confirmou que a grande maioria dos profissionais de marketing tem sido capaz de apreciar o impacto em seu público-alvo por causa de suas ações em redes sociais , em maior ou menor grau. Apenas 4% dos entrevistados negam ter deixado de registar alterações .
Entre os principais motivos para estes resultados está a maturidade e profissionalismo do setor, com base na análise das ações pelas marcas, como refletido em outro recente relatório, do Altimeter.
Os dados sugerem que as redes sociais são um canal de comunicação eficaz, e serão cada vez mais usados para impactar o público-alvo e obter o seu voto favorável, mesmo que o ROI (Retorno Sobre o Investimento ) ainda não apresente resultados expressivos .
Curiosamente, percebe-se um paradigma entre métricas e crença na utilização destes recursos digitais, assim como vimos até aqui com os investimentos na realização de eventos e outras ações de aproximação com o target.
Desde a década de 90, quando a realização de ações presenciais de relacionamento tomaram conta do mercado, presidentes e boards não viam claramente os resultados em gráficos, mas sabiam que não poderiam deixar de utilizar estes recursos.
Atualmente, o discurso é o mesmo. A maioria dos estudos recomenda que “O ROI em mídia social é importante, mas não tudo”, solidificando a máxima de que quando se trata de relacionamento, digital ou presencial, o que vale são os sentimentos e a lealdade no longo prazo.
Comparações a parte, o cenário mostra que as redes sociais ganharam um destacado lugar dentro do plano de marketing das empresas, que visualizam com mais nitidez as vantagens de apostar nestes meios, o que parece o início de uma mudança inexorável.