Em um estudo recente sobre tendências relacionadas a capital humano, a Deloitte, empresa americana de pesquisa e consultoria em RH, constatou que grande parte das empresas do mundo sofrem com uma crise de desmotivação de seus colaboradores.
Examinando mais de 2.500 organizações em mais de 90 países, entre eles o Brasil, a Deloitte concluiu que este é um problema mundial, pois apenas 13% dos funcionários globalmente estão ativamente engajados no trabalho, e mais do que o dobro desse número está desgastado e propenso a espalhar tal negatividade para os outros colegas.
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O relatório inclui estatísticas bastante preocupantes:
– 86% dos líderes de negócios e de RH acreditam não possuírem uma gestão de liderança motivadora adequada ao universo corporativo atual;
– 38% entendem isso como um problema urgente;
– 75% estão tendo dificuldade para atrair e recrutar talentos;
– 79% acreditam não ter uma taxa de retenção de talentos significativa;
– 77% não sentem que possuem as habilidades de RH corretas e apropriadas para resolver problemas relacionados a capital humano;
– Somente 6% acreditam que seu atual processo de gestão de desempenho voltado ao capital humano gera algum resultado.
A Deloitte concluiu em seu estudo que a gestão de capital humano global está passando por uma mudança fundamental. Os trabalhadores de hoje estão procurando mais do que apenas um emprego estável. Eles querem ser tratados de forma equitativa e justa em um ambiente corporativo, exigindo um trabalho mais interessante, significativo e que gere uma satisfação pessoal, além do retorno monetário.
Isso é ainda mais evidente para a Geração Y, que em particular, querem empregos mais criativos e um ambiente mais prazeroso.
Um estudo realizado pelo site 99jobs.com aponta que 37,6% deles veem o trabalho como atividade ligada ao prazer, e, em caso de ganharem na loteria, 89% continuariam trabalhando normalmente.
Por conta desse fator, muitos profissionais encontram dificuldades em estabelecer prioridades, e o que seria um facilitador acaba por atrapalhar no desempenho e na concentração de suas atividades. A pesquisa aponta que a média que profissionais de escritório conseguem se concentrar é de sete minutos a cada uma hora de trabalho
Por conta desse panorama atual de desmotivação ligadas a estresse, valores e gestão, é que os conceitos relacionados à motivação no trabalho devem estar sempre em desenvolvimento.
Por isso, dentro de uma visão holística, é sempre necessário pensar em ações e estratégias motivacionais para melhorar o clima organizacional, gerar benefícios mais compatíveis com os valores atuais do profissional moderno, investir em seu desenvolvimento e estimular as melhores práticas para o alcance dos objetivos por parte dos funcionários.
Isso será um ganho tanto para o profissional, quanto para a empresa, pois, quando uma organização procura motivar seus colaboradores, na verdade, está investindo no aumento de sua produtividade e seus resultados. Isto é, não se pode dizer que motivar alguém gere custo, pois, a motivação com liderança gerará lucro de fato.