Faltando pouco mais de um ano para os Jogos Olímpicos de 16, no Rio de Janeiro, é hora de planejamento para aproveitar o evento como uma alavanca para negócios.
Com popularidade imbatível – até o começo desse mês, mais de 300 mil pessoas já tinham preenchido o cadastro para conseguir ingressos para diversas modalidades e audiência estimada na casa dos bilhões –, a competição internacional trará uma série de possibilidades de negócios não só para a Capital fluminense, mas para o País todo.
Para os patrocinadores é muito fácil, já que os arcos olímpicos são um dos símbolos mais reconhecidos do mundo, mas, além desse grupo de empresas, há outras maneiras de gerar brand awareness com a realização do evento em território nacional.
As oportunidades também se estendem às empresas, das pequenas às grandes companhias, que podem usar o evento para atingir tanto público externo quanto funcionários.
“Se a empresa não é patrocinadora, pode usar o tema para realizar ativações que coincidam com o calendário do evento ou usem o esporte para engajar pessoas.”, explica Len Olender, diretor da Sportsworld, com nove Jogos Olímpicos no currículo.
Segundo o britânico, agora na filial brasileira da agência global de marketing esportivo, isso abre oportunidade especialmente para empresas de fora do Rio de Janeiro. “Como é o local de realização, o Rio estará mais disputado pelas empresas e mais cercado de regras.”, conta. “Em outras cidades, há um amplo leque de possíveis ações, como, por exemplo, aproveitar a passagem da tocha olímpica para realizar promoções e eventos corporativos.”
Em questão de potencial, a diferença entre 2016 e a Copa de 14 está, primeiramente, na maior abrangência de público. “Durante a Copa do Mundo, só é possível conversar com fãs de futebol. Já nas Olimpíadas, misturamos várias modalidades, e, com isso, diversos tipos de público.”, opina Len.
Fora a maior abrangência, investir em ativações relacionadas às Olimpíadas ainda pode associar a empresa aos valores relacionados à prática esportiva. Já para empresas da cidade-sede, uma outra vantagem que será resultado direto da realização dos Jogos: há um aumento significativo no turismo local.
“Depois das Olimpíadas de 92, Barcelona se tornou o destino número um de viagens de fim de semana na Europa por cinco anos.”, afirma Len.
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Pode ser, inclusive, um timing único para fazer networking: com executivos de diversas nacionalidades, presidentes, governantes, federações esportivas e personalidades de vários países presentes durante o evento e uma audiência estimada em 4,3 bilhões de pessoas. Por isso, não é mesmo absurdo dizer que o mundo todo estará aqui.
Ingressos para as Olimpíadas
No dia 31 de março os interessados já cadastrados indicam, no Portal de Ingressos, os esportes, as sessões, a quantidade de ingressos e em que setores desejam comprar. A partir daí, serão realizados dois sorteios: o resultado do primeiro sairá em junho e o do segundo, em agosto. De acordo com as regras, só participa do segundo sorteio quem fez o pedido no primeiro.
A terceira fase será a venda on-line, que ocorrerá em outubro; e a quarta e última etapa é a venda direta aos interessados nas bilheterias e ocorrerá somente em junho de 2016. Quem não mora no Brasil poderá comprar de revendedores autorizados. A lista dos revendedores ainda será divulgada pelo comitê.
O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, estima que cerca de 60% dos ingressos serão transferidos aos interessados que forem sorteados na segunda fase da comercialização. “Estimamos que cerca de 60% dos bilhetes serão vendidos nessa fase, portanto, os brasileiros que quiserem garantir um ingresso devem participar dessa etapa para ter mais chances.”
Os preços dos ingressos variam entre R$ 40,00 e R$ 4.600,00 – que é o valor da entrada para a cerimônia de abertura das Olimpíadas, no dia 5 de agosto de 2016. De acordo com o Comitê, 51% dos ingressos custarão até R$ 70,00; 81% têm preços abaixo de R$ 300,00 e 3% do total ficam acima de R$ 600,00.
Para se habilitar à compra dos ingressos e se cadastrar no site, é preciso ter mais de 18 anos de idade, além de CPF e endereço fixo no Brasil. Para o pagamento são aceitos cartões com a bandeira Visa, além de dinheiro, para a venda nas bilheterias.
