Por Adriano Obeid*
O Brasil, conhecido como o “país do futebol” e sede da próxima Copa do Mundo e Olimpíadas, está fazendo de tudo para receber os eventos mundiais em alto nível e não decepcionar a sua torcida.
Este esforço não se restringe apenas ao governo, com obras de infraestrutura. Ele chega até as empresas, que têm treinado seus funcionários, passando pelas pessoas que buscam uma oportunidade de trabalho, e, para isso, têm investido em qualificação profissional.
Todos querem fazer parte do time que estará em campo neste período de muitos negócios, o que não é diferente para o varejo.
Assim como uma seleção, que precisa se preparar com antecedência, escolher e treinar seu time, os varejistas – que querem aproveitar os grandes eventos esportivos no Brasil -, já estão concentrados e de olho neste objetivo há algum tempo.
Mas, é preciso estar atendo a um importante detalhe: nenhum time se consagra ao disputar apenas uma competição. Sem mais trocadilhos, é imprescindível ressaltar que um negócio que nasce para aproveitar a movimentação de turistas que virão em função da Copa do Mundo, por exemplo, deve ter em seu planejamento o que fará quando o evento tiver terminado, qual será então o seu meio de sobreviver?
Teremos uma avalanche de novos negócios, mas que podem estar fadados a sempre ser oportunidades passageiras se não houver preocupação com o futuro. O segmento do varejo voltado ao esporte, por exemplo, sentirá um aumento nas vendas de seus produtos, como os uniformes de seleções, chuteiras e tênis, mas deve ter a preocupação em manter este público interessado neste nicho de compras quando os eventos acabarem.
Uma oportunidade a se aproveitar é o incentivo do uso dos equipamentos públicos que estão sendo construídos, como ginásios e estádios de futebol, com provas para crianças, jovens e também idosos, por exemplo.
As empresas de varejo que já se planejaram para tais eventos estão um passo à frente das outras, para oportunidades que podem chegar agora. Para quem percebeu com antecedência, a certeza do sucesso no crescimento das vendas é quase certo.
Além disso, a Copa das Confederações trouxe ao País a presença de ídolos – considerados os melhores jogadores de futebol do mundo da atualidade – como Messi, Suáres, Xavi e Neymar, por exemplo, o que atraiu desde os fãs mirins até aqueles mais adultos, que viram Pelé e Maradona jogarem.
Como são eventos que atingiram todas as idades, a expectativa foi superada e existiu uma procura muito grande por produtos esportivos, pois as crianças, principalmente, quiseram se comparar aos seus ídolos com a maior quantidade de roupas e calçados possíveis.
Por isso, a expectativa para os próximos anos é a melhor possível, pois estaremos caminhando junto com os consumidores em busca da mesma conquista que, além de trazer um troféu para casa, é fazer um país melhor e com mais saúde.
* Adriano Obeid é sócio-diretor do Grupo Afeet, formado pelas marcas Authentic Feet, Artwalk, Magic Feet e Tennis Express. Há quase 18 anos, uniu sua formação em Medicina à paixão pelo varejo, não deixando de lado os temas que nortearem sua vida: saúde e esporte.