Há, certamente, um erro de percepção quando se fala de costela.
Deixam de lado o equilíbrio e destacam a submissão.
De quem? Como?
“Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”
Igualdade. É melhor perceber logo.
Percebam que as descentes de Eva tomam rápido o que querem.
Aprendi desde cedo a entender que tolas diferenças não ajudam, apenas constroem assassinos, feminicidas , que não se olham no espelho da vida e da história à imagem e semelhança.
Não quero falar de gente assim.
Quero falar de mulheres que mudaram o mundo.
Quero destacar o valor que se esconde no machismo histórico das palavras.
Falar de Marie Curie, cientista polonesa, pioneira no trabalho de pesquisa da radioatividade, e, também, a primeira mulher a ser laureada com um Prêmio Nobel e a primeira pessoa, e única mulher, a ganhar o prêmio duas vezes.
De Malala, Elis, Anne Frank…
De Nísia Floresta Augusta, brasileira, primeira a lutar pela emancipação feminina. Precursora do feminismo no Brasil e conhecida por alfabetizar meninas e mulheres, foi uma das primeiras mulheres a fazer publicações em jornais
De Maria da Penha, Eva, Rita Lee…
E desculpe o auê, mas eu queria destacar vocês:
Marias, Fernandas, Lúcias, Doras (como minha mãe), Valérias, Samaras, Elzas e Lecys…
Não há o que se discutir, porque o dia da mulher é todo dia.
E a maçã de Raul Seixas nos diz o óbvio do amor por ti.
“…Quando eu te escolhi
Para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma
Ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi
Que além de dois existem mais
Amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro, mas eu vou te libertar
O que é que eu quero
Se eu te privo
Do que eu mais venero?
Que é a beleza de deitar”
E tem mais, mangueirando, aqui vai:
… Brasil, chegou a vez
De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês …
Não queiram o silêncio das mulheres pra vocês.