Experiência de Marca

Ação surpreende visitantes da exposição de Ron Mueck

Para impactar as pessoas na fila, um grande cartaz foi colocado no chão, e, sentado em cima dele, estava um menino que vive na rua - na mesma posição de uma das esculturas de Mueck: “Boy”, de 1999, com cinco metros de altura.

Na rua, um menino abandonado e vítima de maus tratos está sentado em cima de um cartaz. “Se fosse uma escultura exposta em um museu, você veria?”

Essa foi a proposta da ação de marketing de guerrilha da Associação Beneficente Santa Fé, do lado de fora da Pinacoteca do Estado de São Paulo, no último fim de semana (21 e 22 de fevereiro), onde estava sendo exibida a exposição do escultor hiper-realista, Ron Mueck.

Nada contra as belas obras do artista australiano, que reproduzem fielmente cada detalhe e expressão de diferentes figuras humanas em situações cotidianas. Acontece que as imensas filas de mais de quatro horas para entrar na exposição e o número de quatro mil visitantes por dia (mais de 200 mil até o momento) também foram muito impressionantes.

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Esse cenário motivou a associação a criar a ativação que teve como objetivo mostrar ao público que crianças de verdade merecem a mesma – e até mais – atenção do que as reproduzidas na exposição.

Para impactar as pessoas na fila, um grande cartaz foi colocado no chão, e, sentado em cima dele, estava um menino que vive na rua – na mesma posição de uma das esculturas de Mueck: “Boy”, de 1999, com cinco metros de altura. No cartaz, destaca-se o questionamento: “Quando você vai querer ver gente de verdade?”. Abaixo do logo, a assinatura: “Para doar: www.santafe.org.br”.

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A ação de guerrilha tem o objetivo de chamar a atenção da população a um problema secular do País, que é a situação das crianças que vivem nas ruas, consideradas figuras invisíveis por muitas pessoas no dia-a-dia, e incentivar as doações para a Associação Beneficente Santa Fé, que desenvolve um trabalho de acolhimento a meninos e meninas vítimas de maus tratos e abandono.

“As obras de Mueck destacam a observação meticulosa do artista para com as crianças e outras figuras humanas. Mas, na realidade, a observação da população às crianças abandonadas nas ruas, quando ocorre, não tem a mesma delicadeza e cuidado.”, ressalta Márcia Ventura Dias, diretora presidente da associação.