Centro de treinamento em games e e-Sports dentro de uma favela tem primeira turma formada pelo projeto.
Inaugurado em maio, o AfroGames, projeto patrocinado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro e pela Oi, que contou também com o apoio da Fanta, formou sua primeira turma de alunos.
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O projeto AfroGames, que foi criado com o objetivo de capacitar e profissionalizar jovens da favela para atuarem no mercado das competições de jogos eletrônicos, chega ao fim deste ano criando oportunidades para adolescentes que tiveram acesso a equipamentos profissionais e todas condições para se desenvolverem como jogadores profissionais.
Com 3 cursos: League of Legends, Programação de jogos e Produção Musical para Games, o projeto é pioneiro e o primeiro do mundo, que além das aulas voltadas para games e e-Sports, oferece também aulas de inglês, complementando a formação dos alunos.
Para Ricardo Chantilly,um dos criadores do projeto, este momento é um marco em e-Sports no Brasil e no Mundo: "Conseguimos provar para todo mundo que os games e os e-Sports, são realmente ferramentas de inclusão social e digital. Eu acho que o AfroGames é um exemplo a ser seguido."
Chantilly diz sobre a trajetória dos alunos nesses seis meses de projeto: "O projeto é um sucesso. Em apenas 6 meses desse projeto a gente conseguiu mudar a vida de muitos jovens. Eles já estão programando, jogando, fazendo trilha sonora para games. Estamos transformando a vida destes garotos. A sociedade tem que olhar a modernidade do e-Sports, do mundo dos games, como uma ferramenta para a gente transformar a vida destes jovens da periferia e das favelas."
José Júnior, fundador do AfroReggae, fala sobre o projeto e sua parceria com o empresário Ricardo Chantilly : "Encerrar o momento desse ciclo é algo que mostra que quando você investe, quando você dá oportunidade, é possível transformar e impactar a vida das pessoas, pensando em algo micro, mas que atinge todo o macro, e muitas vezes o inverso também. Espero que no ano que vem a gente possa abrir um novo ciclo que impacte muito mais, em que a gente consiga consolidar ainda mais o AfroGames, e que possamos facilitar a entrada e a participação do primeiro time de favela do mundo nos principais torneios e campeonatos no Brasil."
Na formatura, o AfroGames aproveitou a ocasião para apresentar seu primeiro time de League of Legends, onde 5 alunos irão realizar o sonho de se tornarem jogadores contratados pelo projeto e que terão o suporte de um treinador profissional para dar seus primeiros passos. São eles: Daniel Felipe – Topo; Yuri Pereira – Jungle; Ronaldo Nascimento – Meio; Thiago Pestana – ADC e Gabriela Evellyn – Suport.
Uma das novidade que foi apresentada na formatura, é a parceria inédita com a INTZ, tradicional time do cenário brasileiro, que irá apadrinhar o projeto, trazendo a experiência de um dos coachs que fazem parte de sua comissão técnica, Luis "Onmeta" Junior que auxiliou não só na seleção dos alunos que fariam parte do time, como irá acompanhar ele nos seus primeiros passos no cenário competitivo, como um conselheiro.
A equipe, que irá se chamar AFG, irá disputar os torneios classificatórios, que dão acesso ao Circuito Desafiante. O apoio de uma equipe profissional, traz não só o suporte técnico, como abre espaço para bootcamps junto ao time em sua Game House em São Paulo.
Nestes 6 meses de vida, a Oi foi fundamental para transformar esta iniciativa em realidade, sendo pioneira ao levar a fibra ótica, pela primeira vez, para dentro de uma favela, permitindo que os nossos alunos tivessem a mesma qualidade de conexão de os times profissionais.
Outras empresas que colaboraram para o sucesso do projeto foram a HyperX, tradicional marca gamer que forneceu todos periféricos e assessórios profissionais e o Grupo Globo que, apóia a comunicação do projeto e esteve sempre presente apoiando a iniciativa, que trouxe aulas e levou os alunos em eventos como a GameXP e a final do CBLoL, ambos no Parque Olímpico, mostrando os e-Sports ao vivo e a cores para todos os alunos.