Cresce a demanda por práticas de “marketing consciente” à medida que a voz do consumidor se fortalece em um mundo orientado à ética.
Com poucos sinais de desaceleração no crescimento, a Amazon tornou-se a marca mais valiosa do mundo de acordo com o ranking BrandZ das 100 Marcas Globais Mais Valiosas de 2019, lançado no dia 11 de junho pela WPP e Kantar na Bolsa de Valores de Nova York.
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As aquisições inteligentes que levaram a novos fluxos de receita, excelente prestação de serviços ao cliente e capacidade de se manter à frente de seus concorrentes, oferecendo um ecossistema diversificado de produtos e serviços, permitiram que a Amazon acelerasse continuamente o crescimento do valor da sua marca.
As empresas de tecnologia lideraram o Top 100 do BrandZ desde o seu primeiro ranking global em 2006, quando a Microsoft assumiu o primeiro lugar. Com um crescimento de 52% no valor da marca em relação ao ano anterior, chegando a US$315,5 bilhões, a Amazon está à frente da Apple (USD$ 309,5 bilhões) e Google (USD$ 309,0 bilhões), ambas com um aumento de 3% e 2%, respectivamente, para acabar com o domínio de 12 anos dos gigantes da tecnologia.
No Top 10, o Facebook permaneceu no número 6, enquanto, pela primeira vez, o Alibaba superou a Tencent e se tornou a marca chinesa mais valiosa, subindo dois lugares para o 7º e crescendo mais de 16% para USD$ 131,2 bilhões.
A Tencent caiu três posições para a oitava posição, um decrescimento de 27%, para USD$ 130,9 bilhões em relação ao ano anterior, no que o BrandZ atribui a um mundo mais volátil. Um no qual as marcas precisam antecipar continuamente as necessidades mutáveis e expectativas do consumidor.
Enquanto outras plataformas de mídia social enfrentam desafios em termos de confiança e desejo, o Instagram (44º lugar, USD$ 28,2 bilhões), agora com mais de 1 bilhão de usuários em todo o mundo, se destacou como o maior crescimento (47 pontos e 95% em valor).
“A reputação é o ativo mais valioso de uma empresa, e, sendo forte, protege o negócio em épocas de crise.”, afirma Eduardo Tomiya, diretor da Kantar Brasil.
A Lululemon, empresa de roupas esportivas inspiradas pela ioga, foi a segunda mais rápida em escalada, com um incremento de 77% em relação ao ano anterior, chegando a USD$ 6,92 bilhões.
Outras que subiram ao topo, como Netflix (+65%, nº34, USD$ 34,3 bilhões), Amazon (+52%, USD$ 315,5 bilhões) e Uber (+51%, no.53, USD$ 24,2 bilhões) refletem a rápida mudança tecnológica na qual os consumidores estão colocando mais valor em experiências de marca mais ricas.
David Roth, CEO da The Store WPP Emea e Ásia e presidente do BrandZ, afirma: “O crescimento do valor das 100 maiores marcas deste ano para uma alta histórica prova o poder de investir em marcas para oferecer um valor superior ao acionista. Por trás desse crescimento, está o sucesso de um novo fenômeno de construção de uma ‘marca ecossistema’. Estamos vendo uma mudança de marcas de produtos e serviços individuais para uma nova era de ecossistemas altamente disruptivos. As marcas precisam entender o valor que esse tipo de modelo pode criar e abraçar essa abordagem para ter sucesso no futuro.”
BrandZ Top 10 das Marcas Globais Mais Valiosas
Rank 2019 |
Marca |
Categoria |
Valor da marca 2019 (bilhões) |
Variação |
Rank 2018 |
1 |
Amazon |
Varejo |
315.505 |
52% |
3 |
2 |
Apple |
Tecnologia |
309.527 |
3% |
2 |
3 |
|
Tecnologia |
309.000 |
2% |
1 |
4 |
Microsoft |
Tecnologia |
251.244 |
25% |
4 |
5 |
Visa |
Pagamentos |
177.918 |
22% |
7 |
6 |
|
Tecnologia |
158.968 |
-2% |
6 |
7 |
Alibaba |
Varejo |
131.246 |
16% |
9 |
8 |
Tencent |
Tecnologia |
130.862 |
-27% |
5 |
9 |
McDonald’s |
Fast Food |
130.368 |
3% |
8 |
10 |
AT&T |
Provedor de Telecom |
108.375 |
2% |
10 |
Apesar da incerteza econômica em torno das tarifas comerciais dos EUA e da China, um total de USD$ 328 bilhões foi adicionado ao ranking BrandZ Global no último ano, dando-lhe um valor de marca combinado de USD$ 4,7 trilhões – o equivalente ao PIB combinado da Espanha, Coreia e Rússia.
Grande parte desse valor é derivado de marcas de tecnologia de consumo que aparecem no ranking e agora somam mais de USD$1 trilhão, como os recém-chegados Xiaomi (USD$ 19,
Enquanto isso, a Uber está aproveitando o modelo de ecossistema e expandindo para serviços de alimentação entre outros, enquanto a Haier (número 89, USD$ 16,3 bilhões), uma das maiores produtoras de eletrodomésticos do mundo está comprometida em cocriar uma marca de ecossistema aberto na Era da internet das coisas com seus clientes e parceiros.
Confira o ranking completo aqui.