As 12 marcas espalhadas pela camisa do Corinthians renderam várias críticas ao atual uniforme do clube, que chegou a ser chamado de ‘abadá’ pelos torcedores rivais. O presidente Andres Sanchez admitiu o aspecto poluído, mas defendeu que é uma necessidade financeira. Ele ainda acredita que em cinco anos a equipe atuará sem a exposição de patrocinadores.
“Hoje a camisa tem que estar florida. Eu queria pôr mais, queria pôr tudo. Pegamos o clube em uma situação difícil, tinha que achar um meio para as empresas investirem novamente. Daqui a cinco, seis anos, o Corinthians vai jogar sem patrocínio nenhum”, disse.
Duas empresas detêm os direitos de expor suas marcas no manto alvinegro: o Banco PanAmericano, do Grupo Sílvio Santos, e a Hypermarcas. Este opta por estampar quatro logos diferentes de seus produtos: Bozzano (creme de barbear), Neo Química (produtos farmacêuticos), Assim (sabão em pó) e Avanço (desodorante).
No total, são 12 estampas espalhadas pela camisa, sendo seis na frente, duas dos lados e outras quatro atrás. O grande número de anunciantes obrigou o Corinthians a inovar pela falta de espaço e colocar a marca de desodorante Avanço propositalmente nos lados, debaixo das axilas.
Andres admitiu certa preocupação com o aspecto poluído da camisa. “Tem essa tendência, mas as que são vendidas nas lojas só vão dois patrocinadores: Neo Química e Bozzano”, afirmou.
Se as críticas prevalecem, por outro lado, o Corinthians pode se gabar de ter o maior patrocínio do futebol brasileiro. Apenas o Grupo Hypermarcas desembolsou R$38 milhões para ter esse direito. Já o Banco, despendeu R$7 milhões no compromisso que teve início no último mês de fevereiro e tem duração de um ano.
Mas nem tudo vai para os cofres do Parque São Jorge. Ronaldo tem direito a R$8 milhões do valor arrecado com o patrocínio da Hypermarcas.
Fonte: Bruno Thadeu.