Após desentendimentos entre a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e atletas, a Asics decidiu abrir mão da condição da entidade que obrigava que os atletas das Seleções Brasileiras usassem calçados da marca.
A confusão ficou pública quando o jornalista Bruno Voloch, do site “O Tempo”, revelou nesta semana que a gerente de seleções da CBV, Julia Silva, chegou a ameaçar atletas da Seleção Feminina que desrespeitassem a regra.
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Em mensagem enviada às atletas que disputam a Liga das Nações, a dirigente da CBV chegou a dizer que quem não usasse calçados da Asics teria punição de até 50% nas futuras remunerações.
O tom de ameaça, no entanto, foi mal-recebido pelas jogadoras. A obrigatoriedade de uso da Asics já tinha irritado os atletas antes, e o clima de insatisfação aumentou nesta semana.
O problema é que algumas jogadoras possuem patrocínios de outras empresas, com remuneração. Além disso, há preferências pessoais por calçados específicos.
Em outras confederações, o uso não é obrigatório. No futebol, por exemplo, atletas mantêm acordos milionários com empresas que não são a Nike, patrocinadora da CBF. Neymar, o maior nome da equipe, fechou recentemente com a Puma.
Com o mal-estar gerado, a Asics e a CBV mudaram de posição. A marca afirmou que cada atleta usa o tênis de preferência, e que a empresa apenas disponibiliza calçados da marca aos atletas.
Leia a nota oficial da marca:
“A Asics, como fornecedora oficial e exclusiva de material esportivo da Confederação Brasileira de Voleibol, está sempre à disposição para fornecer os produtos da marca aos seus atletas. Contudo, a CBV e a Asics estão alinhadas no entendimento e respeito de que cada atleta tenha a sua liberdade de escolha para selecionar o calçado que melhor se aplica ao seu estilo de jogo, nos momentos de treino e competição, em casos onde há vínculo contratual com outra marca esportiva ou por recomendação médica.”