Dia das Mulheres. E já fazia tempo que eu queria falar um pouco sobre elas e de todo esse movimento em prol de uma justa valorização e equiparação principalmente em termos profissionais, mas vou dar um spoiler e dizer que tive muita sorte com “mulheres em minha vida”, falo isso ,com todo respeito e é por isso que tudo isso me parece tão óbvio.
A foto que ilustra este artigo veio de uma matéria do site da BBC que lista as 100 mulheres mais influentes e inspiradoras de todo mundo, segue o link caso você queira conhecê-las melhor: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-46259740#
Mas eu resolvi apostar que eu teria o dobro disto e acabei passando da conta…
Primeiramente, eu preciso dizer o quanto é lamentável que muitas mulheres tenham encontrado cenários pouco afáveis, machistas, preconceituosos e que fizeram com que não tivessem as mesmas oportunidades.
Sei também que meu relato a seguir não pode ser considerado uma verdade absoluta e me choca os inúmeros casos que são contados sobre o preconceito, perseguição, assédio e outras formas torpes de serem tratadas, mas hoje eu vou me permitir falar daquelas que já são, vou falar dessas incríveis mulheres que fizeram ou fazem parte da minha vida, porque tive a sorte de ter aprendido de uma forma natural que elas eram o que eram: mulheres que inspiram, que é impossível deixar de reconhecer sua força e energia, e, mesmo num mundo infelizmente ainda carente de propriedade, empoderamento, lugar e destaque, hoje vai ser um dia de falar delas: destas super, hiper, grande, mega e incríveis MULHERES, dedicando com todo meu apreço, gratidão e melhores sentimentos neste #MTT (MondayToThank) especial de hoje.
E tudo isso porque minha vida inteira sempre foi pontuada por mulheres fortes, importantes, marcantes e que me fizeram as ver não apenas como mulheres incríveis que eram, mas como seres humanos fantásticos, profissionais/pessoas exemplares e personas muito bem definidas pelos melhores adjetivos que se pode pensar.
Eram ou são Mulheres com M maiúsculo muito antes disso virar moda, tendência ou movimento. Empoderamento? Ah, isso já veio com elas e pude ver isso bem de perto…
Dona Tetê é como ela é conhecida, mas Henriqueta é seu nome. Filha de Maria Mota de Valença – prima distante do Alceu, sim o Valença! Ela é minha mãe e dela não dá pra negar que veio muita herança.
O lado artístico, a percepção, a sensibilidade e uma crença muito forte estão entre elas. Além de um profundo senso de justiça e de acreditar que nosso papel na vida é maior do que simplesmente viver. Ter gratidão é pouco, né?!
Não tive a oportunidade de conhecer minha outra vó, a Dona Anésia, só conheci a bisavó Maria. Mas onde estiverem, saibam que sou grato porque você são vocês e isso já basta.
Se é para continuar a falar de família então vem um mundo de mulheres, a começar pelas tias: só Zezé são duas, mas também tem a Tana, Margarida, Julieta, Anésia, Alcinda, Miúda, Irene, Rita, Anilda, Maria, e mais um grupo grande de primas: umas mais próximas, outras mais distantes, outras então que nem conheço, mas sim: eu tenho uma família com ‘muuuitas’ mulheres e são todas fortes. Resumindo: só mulherão! Que bom ter essa família, obrigado!
Dona Joezel foi a primeira professora e até hoje eu sou grato por ela ter me ensinado a ler e escrever, me encantando pelos estudos. Lembro dela com carinho, imagino que não esteja mais entre nós, mas sempre serei grato por tudo que ela fez.
Dona Eni, Dona Aracy e Dona Célia foram na sequência as professoras do 2º, 3º e 4º ano naquele primário, que hoje equivale a uma parte do Ciclo Fundamental.
Na minha época a gente chamava as professoras de dona, senhora e levantávamos na classe quando ela entrava falando um sonoro: “Bom dia professora” kkk Éramos robozinhos, mas bem educados! kkk.
Havia também a Dona Sophia, a Dona Elvira e a Dona Maria Conte: inspetora, coordenadora e diretora. Elas eram exigentes, davam medo, davam broncas, exigiam disciplina e “alinhamento”, nos faziam cantar vários hinos, mas me fizeram ser patriota e amar meu país.
Hoje eu guardo delas, de todas elas, muitas coisas: carinho, atenção, exigência, disciplina e reconhecimento. Mais do que muito obrigado a todas.
Depois comecei a ter muitos professores, mas não esquecerei da Annunciata, da Beth, da Laudinha, Cristina, Maria Clara e tantas outras que fecharam o ginásio. Trouxeram assuntos mais específicos, fizeram a gente se apaixonar por suas matérias, quando não por elas mesmo (rs) e como era legal. Gratidão!
Meu primeiro trabalho foi tendo a Arlete como chefe: profissional, séria e exigente, além de mãe do meu grande amigo Rei. Acima dela, tinha a Dona Neide, sócia da empresa, mas essa história de trabalhar com mulheres chefes não acabou por aí, nem a gratidão…
Teve a Maria, a Helga e a Edilene (que foi a primeira mulher em cargo de direção de todo o Grupo Itaú – ela era da Itautec – e isso em plenos anos 80).
Elas me ensinaram o beabá de como ser profissional, ao mesmo tempo em que mulheres fortes com as saudosas Dona Gracina, Dona Eva, Dona Norma e Dona Maria, mais a Dra. Sheila, davam exemplos firmes de retidão moral e de como era bom acreditar em algo e fazer o bem para alguém. Muuuito obrigado a todas vocês.
Teve também a Regiane, a Clélia, a Eva e a Alice. Era o começo da vida publicitária, e como foi bom ter começado pelas mãos exigentes, experientes e generosas destas mulheres.
Também teve a Joyce e a Andrea, que burilaram o lado profissional com os grandes desafios de trabalhar em outra escala, e outras tantas outras mulheres líderes e “porretas” em suas empresas, e que certamente em algum momento me ensinaram alguma coisa e me fizeram admirá-las como a Camila, Tati, Letícia, Monique, Claudia, Denise, Dani, Adriana, Anna, Andrea, Rosana, Beatrice, Béia, Bianca, Camila, Carol, Márcia, Cássia, Cathy, Danyelle, Débora, Sandra, Dilma, Eni, Djanira, Eliane, Elisa, Elena, Erika, Fernanda, Isabella, Jamile, Cintia, Jú, Júlia, Juliana, Karen, Rosana, Karina, Leila, Lígia, Lilian, Lissandra, Rosi, Lygia, Marina, Tai, Mary, Mercedes, Sônia, Milena, Mônica, Mirna, Paty, Nara, Paula, Regina, Gisele, Renata, Roberta, Samantha, Sandra, Taila, Talita, Tânia, Tati, Thais, Rê, Gio, Camila e Val, entre outras.
Neste universo de mulheres que foram importantes para meu crescimento como profissional, queria citar duas das que admiro muito, além de ser muito grato: Andrea Salgueiro e Dani Cachich. São exemplos a serem seguidos, e o seu reconhecimento prova isso.
Isso pra não falar de uma constelação gigante de mulheres com quem eu tive o prazer de trabalhar lado a lado, e que correndo certamente o risco de esquecer de alguma delas, prefiro chamar de TODAS ELAS: não só eram mulheres, mas pessoas e profissionais que estiveram comigo porque acima de tudo eram ótimas no que faziam, amigas, companheiras agradáveis e que faziam que nosso dia a dia realmente valesse a pena.
Não foram escolhidas pelo seu gênero, por mais que a busca de uma paridade homem/mulher sempre tenha sido um conceito aplicado em minhas equipes, mas porque eram simplesmente a melhor escolha, por seus próprios méritos e isso sempre fez sentido!
Mas entre elas, e complementando a lista anterior: Sussu, Luciana, Verô, Kênia, Lee, Fabi, Hariss, Amanda, Mari, Carol, Mafê, Drê, Bia, Bruna, Cris, Dadá, Gabi, Flávia, Ingrid, Zizi, Bruna, Karla, Lais, Luiza, Marcela, Maria, Marie, Nora, Pri, Rafa, Raquel, Sil, Simone, Solange, Su, Tarcila entre tantas outras. Muitíssimo obrigado!
Dá para lembrar com respeito e carinho de todas aquelas mulheres com quem me relacionei e que certamente deixaram sua marca, trazendo amadurecimento e exercitando o lado bom de conhecer, gostar e ser gostado. Ou às vezes não rs!
Não poderia deixar também de ressaltar outra constelação de mulheres fabulosas que me ajudaram ou ajudam a buscar equilíbrio nas mais diversas formas de terapias e processos: Zaquie, Luana, Chris, Gloriana, Malu, Pilar, Nagary, Baktisa, Neiva, Priscila, Sarawasthy, Sílvia, Edite, Claudia, Celinha, Lully, Iracema, Ananda, Padma, Sahaji, Sandra, Ahansara e muitas outras mais…
Dá pra lembrar também de todas as amigas de vida, das amigas de faculdade, de inúmeros cursos, de muuuitas oportunidades e todas aquelas figurinhas que a gente tromba pelo caminho e que, além de mulheres, sempre deixam uma mensagem, um sinal ou um rastro importante na nossa memória.
Daquelas com quem trabalho atualmente, eu queria falar com muito carinho e gratidão da Teca, da Juliana (Jujuba), da Lígia e da Luciana. Vocês arrasam! Antonia, Cindy, Josy e Luana do Promoview, minha gratidão a vocês. Paty, Nat e Nilma da Ampro também.
E na minha família, há claro a amada Lully, que é um exemplo pra mim de uma MULHER com todas as letras maiúsculas e que me ensina todos os dias a importância não só do feminino, mas da sublime combinação e assertividade em junção com o masculino: a química perfeita que busca o equilíbrio para todas as coisas da vida.
Ela me deu o prazer de ter uma super-sogra também (e é mesmo! rs) Dona Darci, a Tia Sussu, a Lara, a Van, a Miriam, a Gabi, a Regina e mais um monte de gente querida.
Mulheres fortes, mulherões mesmo, daqueles que a gente tem prazer só de olhar falando, rindo, se movimentando ou tomando a vida em suas mãos. Isso para não esquecer das amadas Mileninha e Luiza, caminhando para serem as novas grandes mulheres da família.
E nem vou abrir um capítulo completo para falar de todas aquelas personalidades femininas que eu cultuo, gosto, sigo, admiro ou simplesmente me atraem por sua aura de bons exemplos e poder multiplicado por mil.
De Malala passando por Marie Curie, não esquecendo de Joana D’Arc, mas com lugar para J.K.Rowling, Fernanda Young, Maria Clara Machado, Amelia Earhart, Rosa Parks, Anne Frank, Nadia Comaneci, Mary Winsor, Oprah, Ellen DeGeneres, Isabel Allende, Cora Coralina, Mestras Nada e Rowena, e até Nossa Senhora.
Poderia escrever dois dias só para listar e agradecer a todas. Essa energia feminina é realmente incrível.
Então, enquanto o mundo se digladia por gerar um espaço equivalente e merecido às mulheres, eu me sinto muito sortudo, pois sempre tive muitas mulheres importantes e muito fortes na minha vida. Que conquistaram seus lugares, já eram empoderadas, bem-sucedidas, fortes, decididas e sempre foram e são um exemplo a seguir desde sempre, como se já viessem ao mundo com este programa instalado.
Outro dia eu me ofereci para servir um café para uma mulher, já que estava servindo um pra mim. Ela me olhou e perguntou se eu estava insinuando que ela não teria a capacidade de se servir sozinha… Entre chocado, surpreso e completamente decepcionado com sua pergunta, eu simplesmente abri espaço para que ela se servisse – ela se apressou em dizer que era uma brincadeira – mas eu aprendi com muuuitas mulheres incríveis na minha vida a ter educação e gentileza, pena que ela não tenha entendido o gesto.
E me desculpem por discordar da discussão atual, mas mulheres por favor não entrem nesse mimi: aceitem flores, bombons, mimos, presentes ou simplesmente um parabéns. É claro que isso jamais vai compensar a falta de respeito por vocês, mas se vem de bom grado (e o sexto sentido de vocês sempre saberá disso), não têm porque recusar um gesto de alguém que está buscando simplesmente expressar em um gesto importante o reconhecimento ou a busca do seu devido, merecido, justo e mais do que necessário lugar no mundo.
E me desculpem se esqueci de alguma, diferente das mulheres, o cérebro de um homem às vezes falha rs, mas saiba que incondicionalmente este #MTT é seu também, receba minha gratidão.
Ah, e não imagino que você tenha checado se aqui tinham realmente 200 mulheres, na realidade tem mais do que isso, mas o importante não são esses números, mas ser grato a todas elas e foi o que eu busquei fazer, faça isso você também, procure as “mulheres incríveis de sua vida” e da sua forma, expresse o seu MUITO OBRIGADO!