A Netflix descontinuou uma ação de marketing da série Senna no Metrô de São Paulo, após um tumulto durante a execução da peça assustar passageiros e acarretar risco à segurança das pessoas.
De acordo com as informações averiguadas na imprensa, a ação utilizava sons altos e luzes intermitentes para recriar a sensação de uma corrida de Fórmula 1, mas alguns passageiros teriam confundido alguns sons com o barulho de um tiro, o que assustou os presentes e causou correria nos túneis de transferência entre as linhas verde e amarela.
Isso acarretou na veiculação de notícias falsas, que circularam nas redes sociais afirmando um suposto “tiroteio”. É importante ressaltar, no entanto, que nada remotamente próximo disso ocorreu de fato, e o susto é provavelmente vindo de uma má interpretação. O vídeo acima, do perfil SP Sobre Trilhos no Instagram, está melhor contextualizado.
Netflix encerra ação de Senna no Metrô e promete revisar estratégia
Após o incidente, a Netflix decidiu retirar a campanha de Senna do Metrô de São Paulo e reconheceu que a ação não teve o resultado esperado.
Em um comentário oficial, a empresa destacou que a segurança do público é sua prioridade e informou que repensará suas estratégias para ações futuras em espaços públicos.
Eventos e ações de marketing já geraram tumultos no passado
O caso da divulgação de “Senna” no Metrô de São Paulo não foi o primeiro a sair de uma boa ideia para um resultado desastroso.
Em 2022, um evento de Halloween em Seul, na Coreia do Sul, resultou na morte de 151 pessoas, além de outras 150 feridas, vítimas de pisoteamento causado pela má gestão de segurança da organização. O evento em si estava em uma área bastante popular pelas suas festas, no distrito de Itaewon, mas isso não impediu que visitantes se acumulassem e entrassem em um beco próximo, acarretando na tragédia.
Em Kuala Lumpur, em 2018, uma revendedora credenciada da Apple decidiu fazer um grande evento de liquidação de seus produtos — iPhones do ano a US$ 50 (R$ 301,96 na cotação atual), por exemplo.
Ninguém morreu neste caso, mas alguns feridos relataram que, diante do volume inesperado de público que apareceu, a loja, que tinha poucas unidades dos itens promocionais disponíveis para venda, decidiu cancelar a liquidação com as pessoas ainda na fila. Alguns “applemaníacos” não gostaram da atitude.