Experiência de Marca

Ativações ao vivo e a geração de empregos

O mercado de eventos é promissor e envolve todo o tipo de profissional que trabalha no desenvolvimento dos projetos, na montagem, na execução... É uma grande estrutura que cresce e que atrai muita gente.

Vejam só onde chegamos!  Nunca falou-se tanto em ativação de marca ao vivo neste País. Aquilo que vislumbramos lá em 2006 quando iniciaram as atualizações aqui do Promoview, ganha espaço neste início de ano.

A Sala de Emprego do Jornal Hoje, da Rede Globo, desta segunda-feira (23/03), falou agora há pouco sobre o mercado de eventos. O Brasil está na rota dos grandes shows e eventos de negócios do mundo e esse é um setor que cresce, em média, 10% ao ano.

Na matéria da Globo, que transcrevo abaixo, a reportagem destaca que a boa notícia para o trabalhador é que há vagas para muitas áreas. Segundo eles, o mercado de eventos é promissor e envolve todo o tipo de profissional que trabalha no desenvolvimento dos projetos, na montagem, na execução… É uma grande estrutura que cresce e que atrai muita gente.

Foto: Reprodução/Google.
As feiras de negócios necessitam de um grande contingente de profissionais.
As feiras de negócios necessitam de um grande contingente de profissionais.

Uma das áreas em ascensão é a de live marketing – o marketing ao vivo. “A gente está falando de eventos, de campanhas de incentivo, de campanhas promocionais ao consumidor, ao público intermediário e ativações que acontecem no ponto de venda.”, explicou o Kito Mansano, dono da Rock e presidente da Associação de Marketing Promocional, integrante da lista dos Mais Influentes do Live Marketing na eleição feita pelos leitores do Promoview.

KITO MANSANO

O live marketing vai além da promoção de uma marca. Tem um time de criação sim, mas envolve muito mais profissionais. “Um advogado para construir uma autorização de realização de um evento, um engenheiro para fazer a assinatura das plantas de um palco.”, afirma Kito.

Já existem cursos técnicos de live marketing e faculdade para quem quer seguir carreira. “Algumas faculdades oferecem o curso de live marketing, que é uma especialização e existem algumas faculdades que já têm um curso chamado Mercadologia, que também é um curso de live marketing.”, orienta Kito.

Para quem quer seguir na área de eventos, as feiras de negócios podem ser uma oportunidade. O Brasil realiza mais de 2,2 mil feiras de negócios por ano. Sudeste, Sul e Nordeste são as regiões onde acontece o maior número de feiras, um mercado que movimenta 49 mil empresas expositoras.

Uma feira realizada no pavilhão do Anhembi, em São Paulo, por exemplo, levou um ano de planejamento e ocupou 85 mil metros quadrados. Foram cinco dias de montagem, outros sete para desmontar e milhares de profissionais.

“Aqui, pra gente montar, realizar e desmontar gera em torno de 14 mil empregos. Nós temos profissional de marketing, engenharia, comunicação, equipe de operacional, tem arquitetos, engenheiros.”, afirma Liliane Bortloluci, diretora da Reed Exhibitions.

Tem ainda os profissionais que movimentam os estandes, como vendedores, expositores, modelos e atores. Lilian Bragança trabalha como recepcionista em eventos há 16 anos e tem alguns segredos: ela fala inglês, francês, não desce do salto alto por nada e conserva sempre o sorriso, mesmo que o tempo demore para passar: “Você tem que ficar linda o dia inteiro, recebendo as pessoas, conversando, explicando, ajudando. Não tem horário, já cheguei a fazer 13 horas de evento.”

Lollapalooza

Um dos grandes eventos realizados no Brasil é o Lollapalooza, festival internacional que começa no próximo sábado (28/03) em São Paulo. Em dois dias são esperadas 150 mil pessoas e milhares de profissionais para dar conta de tudo. “Toda a parte de banheiros, de acessos, de pisos, de tendas de comida, de bebida, enfim, toda a parte de gradiamento, de perímetro de festival.”, explica Pedro Braga, coordenador de área de festival.

Foto: Adriano Vizoni/Folha Press.
Lollapalooza 2014.
Lollapalooza 2014.

Há cerca de 20 anos, festivais gigantes como esse eram poucos no Brasil. “Quando eu comecei a trabalhar, eu fazia dois shows por ano, ou dois festivais e também tinha muito pouca gente no mercado e pouca demanda.”, conta Fabiana Lian, diretora do curso On Stage Lab.

Agora, é um atrás do outro. “Quando acaba um festival, a gente já começa a pensar no outro. O Brasil virou foco de turnê, de banda, megafestivais. São muitos festivais acontecendo no Brasil só esse ano. A gente acaba criando um mercado muito amplo, mas falta a mão de obra.”, diz Victor Pelúcia, diretor-técnico de montagem.

Falta profissional qualificado porque o mercado cresceu e o nível de exigência também. O diretor de eventos Pablo Fantoni é professor do curso que prepara quem quer trabalhar com show business: “É uma situação muito profissional. Hoje em dia a fiscalização é muito grande, a responsabilidade dos promotores de evento é gigante. Formar as pessoas para que esse resultado seja o mais profissional possível é superinteressante e superpositivo.”

Tem muita gente estudando para entrar nesse mercado. “Eu trabalho na área desde os 16 anos de idade como freelancer e acho que faltava a parte de aprender realmente, o papel, uma planilha, então faltava realmente isso, você tem a prática, mas faltava a essência.”, conta a estudante Luly Souza.