Para a gente aqui da Hub Brasil, o SXSW 2018 começou bem animado.
Logo pela manhã, participamos de uma discussão sobre o futuro das marcas em uma sociedade cada vez mais preocupada com sua forma de consumo. O painel “Sustainability or bust”, explorou o tema da sustentabilidade como pilar principal para uma estratégia de marca transparente e lucrativa, apoiada nos conceitos de economia circular, autenticidade e co-creation entre marcas e a comunidade. Vale conferir a marca Tuulikki de Helena Dunn, uma das participantes do painel.
Em uma sala ao lado, a psicoterapeuta Esther Perel discursou para uma sala lotada preceitos sobre os relacionamentos que vivemos nos dias de hoje. Entre temas polêmicos, a psicoterapeuta discutiu conceito de monogamia, o futuro das relações e a necessidade de termos diálogos frequentes e profundos, em um mundo que celebra cada vez mais a diferença.
O nosso dia terminou com um keynote ministrado por Tim O’Reilley discutindo sobre o futuro da tecnologia nas nossas vidas. Em uma visão otimista da relação humanos máquinas, Tim deixou claro que a tecnologia é nosso super poder, mas a desigualdade é nossa criptonita. Precisamos enxergar as inovações tecnológicas como oportunidades de mudanças e nunca como ameaças para as nossas vidas. Dica: ficamos morrendo de vontade de ler o livro do Tim, chamado What is the future and why it’s up to us.
De maneira geral, temos a impressão de que FOMO é uma estratégia de marketing do SXSW. Um indicio disso é a fala de Hugh Forrest, chief programming officer do SXSW, que fez questão de enaltecer o serendipity como algo que certamente acontece em Austin ao longo do festival.
Forrest recomedou aos participantes para que fiquem zen, estado de espírito que vai contra o FOMO, já comumente associado ao evento, que neste ano hospeda 2 mil sessões, entre paineis, palestras e workshop mas também tomou algumas providências para aplacar a angústia dos mais ansiosos, como a informação em tempo real sobre a lotação das salas e a ampliação das transmissões em streaming. “Conseguir fazer com que mais conteúdo chegue às pessoas é algo muito importante”, disse.