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Barracões do Porto Seco são interditados na Capital

A medida é para fazer cumprir uma decisão judicial vigente desde outubro do ano passado, que interditava o local devido à ausência do alvará de prevenção contra incêndios. E contou com a colaboração das escolas de samba para ser aplicada.

Barracões do Porto Seco são interditados na Capital

A movimentação no Sambódromo do Porto Seco, na manhã de 31/01, foi bem diferente do que se está acostumado a ver por lá nessa época. Em vez de estar montando e decorando alegorias, carnavalescos, equipes e caseiros retiravam pertences e material dos barracões, que foram interditados pelo Corpo de Bombeiros.

A medida é para fazer cumprir uma decisão judicial vigente desde outubro do ano passado, que interditava o local devido à ausência do alvará de prevenção contra incêndios. E contou com a colaboração das escolas de samba para ser aplicada.

Interdição foi feita de forma pacífica (Foto: Livia Stumpf/Zero Hora).

“Num primeiro momento, é de impacto negativo, mas sei que isso é para o bem do Carnaval”, disse o presidente da Império da Zona Norte, Antonio Ademir de Moraes, o Urso.

Expectativa é Otimista

Conforme o coordenador das Manifestações Populares da Secretaria Municipal da Cultura (SMC), Joaquim Lucena, no dia 31/01 foram entregues os documentos que faltavam para a conclusão do Plano de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI). A partir dele, os barracões poderão ter o alvará definitivo de prevenção a incêndio

De acordo com o major dos Bombeiros Rodrigo Dutra, assim que o plano for entregue pela prefeitura, será avaliado em um dia. A partir daí, volta para que a empresa contratada pela SMC faça os ajustes necessários (extintores, luzes, sinalização, etc). Quando isso estiver concluído, é feita a vistoria, e, se tudo estiver de acordo, se emite o alvará.

Saída Não Teve Conflitos

A interdição dos barracões transcorreu sem conflitos, em uma clima de colaboração. Ficou acertado entre os bombeiros e o presidente da Liga das Escolas de Samba de Porto Alegre (Liespa), Juarez Gutierres, que uma pessoa de cada escola ficará responsável por receber a empresa que fará os ajustes na prevenção a incêndio.

Fora isso, ninguém poderá permanecer nos barracões. Por esse motivo, caminhões e carros ficaram carregados com objetos pessoais, além de arames, tecidos, cola, papeis etc.

“Estou reunindo tudo que dá para levar e vou seguir trabalhando”, explica o carnavalesco da Praiana, Márcio de Uruguaiana, que também é responsável pela confecção de fantasias para outras seis escolas.

Apesar de possíveis atrasos no andamento dos trabalhos, não há previsão de mudança na data dos desfiles do Grupo Especial.

Fonte: Denise Wascow/Zero Hora.