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Brasil pode perder GP Internacional de Atletismo

A competição, aconteceria novamente em Belém, mas o Governo do Pará informou que a parceria com a Cbat não pôde ser mantida por motivos de ordem orçamentária.

Previsto para acontecer no dia 21 de junho, a realização do GP Brasil de Atletismo 2015 preocupa. A competição, que faz parte do calendário de Challenger da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf), aconteceria novamente em Belém, mas o Governo do Pará informou que a parceria com a Confederação Brasileira de Atletismo (Cbat) não pôde ser mantida por motivos de ordem orçamentária.

Presidente da entidade, José Antonio Fernandes, o Toninho, lamentou a situação e disse que um único GP, disputado em São Paulo, é uma possibilidade que está sendo trabalhada.

Foto: Tamara Saré.
Pista de atletismo do Estádio Mangueirão, em Belém.
Pista de atletismo do Estádio Mangueirão, em Belém.

“Como o Governo do Pará já disse que não tem condições de apoiar o GP Belém, estamos trabalhando com possibilidade de trazer para São Paulo.  Agora, São Paulo, por ser a única sede que ficou, talvez nós não tenhamos a condição de fazer porque envolve um dinheiro muito alto para fazer um evento só. Antes, era dividido em três eventos: Uberlândia, São Paulo e Belém. Vou verificar durante a semana se a cidade terá condições de absorver esse custo.”, explicou José Antonio.

O presidente da Cbat reconhece que a situação econômica dificultou o processo. Ressaltou que o mais importante para a Confederação, no momento, é manter o apoio ao atletismo brasileiro às vésperas dos Jogos Olímpicos 2016.

Eventos como o GP fazem uso de verbas excepcionais. O dirigente foi claro ao dizer que, caso não consiga realizar a disputa, será ruim do ponto de vista de crédito internacional para a modalidade do País. Belém recebia o evento desde 2002.

“A gente está vendo a situação econômica de modo geral. Eu não posso lutar contra a maré. Não tenho esse poder. Tenho que tentar manter o principal, que é o apoio ao atletismo brasileiro nas Olimpíadas. Os eventos são verbas excepcionais. Claro que se perde muito em nível internacional. Vamos sofrer com a possibilidade de fazer uma Diamond League mais para frente, perdendo eventos internacionais no Brasil. Isso a gente lamenta muito. Estamos vendo que a economia está passando por uma série de ajustes e a gente fica em uma dependência de poder realizar os eventos ou não.”, completou.

A entidade reiterou que a situação na irá atrapalhar a programação de seus atletas para as principais competições do ano, que inclui os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Ainda não há uma previsão de definição e a Confederação trabalha com a possibilidade de adiar a data prevista para o GP Brasil de Atletismo.

Fonte: globoesporte.com.