Perdida em meio à eleição para o Congresso que impôs uma derrota ao governo Obama, outra votação ocorrida na última (02/11), nos Estados Unidos fez uma vítima: o McLanche Feliz. O Conselho de Supervisores de São Francisco, na Califórnia, cuja inclinação política pode variar entre o Partido Democrata e o dadaísmo, proibiu a distribuição de brinquedos como brindes de lanches em restaurantes da cidade.
Para fugir à norma, será preciso seguir padrões nutricionais relativos a calorias, sódio e gordura. O o McLanche Feliz, vale lembrar, é um pacote com sanduíche, refrigerante, batata frita — e brinquedo.
A lei, aprovada por oito votos a três, foi patrocinada pelo supervisor Eric Mar. Ele contou que ficou horrorizado com a coleção de brinquedos de sua filha e imaginou a medida como uma maneira de dar um golpe na cadeia de lanchonetes que vende fast-food salgada e gordurosa.
O McDonald’s tratou a lei como um equívoco. “Não é o que querem nossos clientes”, disse Danya Proud, porta-voz da empresa, em comunicado. “Também não é algo que eles tenham pedido.”
A proibição não agradou o prefeito Gavin Newson, eleito vice-governador na terça-feira. Ele havia dito que vetaria o projeto, embora os oito votos pelo “sim” sejam suficientes para sobrepor-se ao veto. “O prefeito acredita firmemente que esta é a abordagem errada para combater a questão da obesidade infantil”, disse Tony Winnicker, porta-voz do prefeito.
Epidemia de Obesidade
São Francisco não é a primeira cidade a proibir tais brindes. O condado de Santa Clara, no Sul da Califórnia, fez a mesma coisa em abril. Mas o Conselho de São Francisco, que tem uma relação complicada com Newson, disse que a decisão foi apoiada em alguns “fatos infelizes”. Isso inclui uma descoberta recente de que quase 30% dos moradores da cidade que cursam a quinta série estão com sobrepeso.
Segundo o projeto, todas as refeições deverão ter menos de 600 calorias, menos de 640 miligramas de sódio e menos de 35% de calorias provenientes de gordura (com exceção de alguns itens saudáveis, como nozes). Se os restaurantes não seguirem as normas, não haverá mais brindes de brinquedos.
Fonte: New York Times.
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