Muito já foi falado sobre quais condições permitiram a realização ou não da Olimpíada de Tóquio-2020. Mas a última fala é a que interessa, ainda mais vinda de Toshiro Muto, CEO do Comitê Organizador dos Jogos.
Ele foi categórico e parece ter colcoado um fim às especulações: “Vacina não é um pré-requisito.”, disse o mandatário segundo a “Associated Press”.
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Toshiro Muto deu a declaração, no dia 4 de setembro, após uma reunião da força-tarefa com funcionários do governo, especialistas em doenças e funcionários olímpicos japoneses.
É a primeira de várias reuniões que lidam com a pandemia do novo Coronavírus enquanto Tóquio tenta descobrir a viabilidade para realizar os Jogos.
“O Comitê Olímpico Internacional e a OMS (Organização Mundial da Saúde) já discutiram esse assunto. Não é uma condição para a entrega dos Jogos Tóquio 2020. A vacina não é um requisito.”, confirmou o mandatário de Tóquio-2020.
Por outro lado, o CEO Muto não menospreza o potencial que uma vacina traria para a realização da Olimpíada em 2021. “Claro, se as vacinas forem desenvolvidas, nós realmente apreciaremos isso. E para Tóquio-2020, isso será ótimo. Mas se você me perguntar se isso é uma condição – não é uma condição.”, finalizou.
Pontos essenciais
As reuniões da força-tarefa ao longo dos próximos meses tratarão de questões vitais para a realização dos Jogos. As principais são: Como trazer atletas para o Japão, como e quando realizar os testes de Covid-19, quais medidas para manter os locais de competição seguros, medidas na Vila dos Atletas, questões de imigração e os cuidados com o público.
O Japão está enfrentando um grande desafio, com a população cética de que a Olimpíada de Tóquio pode ser realizada e se deveriam ser realizadas. O Japão já investiu bilhões, e o atraso provavelmente custará mais ainda.
Ainda segundo a “Associated Press”, uma pesquisa no mês passado com quase 13.000 empresas japonesas mostrou que 53,6% querem os Jogos sejam cancelados ou adiados novamente.
O COI (Comitê Olímpico Internacional) já afirmou que outro adiamento está fora de cogitação.
Outra pesquisa em julho revelou que dois terços da população japonesa também são a favor de outro adiamento ou até mesmo o cancelamento.