Há um ano, o grupo América Móvil e a Ericsson assinaram uma parceria para colaborar no desenvolvimento de aplicações com a tecnologia de 5G.
Nesta semana, a fornecedora sueca e a Claro Brasil trouxeram os testes de transmissão de vídeos em 4K sobre uma rede 5G do laboratório para a Futurecom, que acontece em São Paulo.
Os equipamentos instalados no estande da Ericsson na Futurecom utilizaram a frequência de 15 GHz, confinada ao espaço da feira para evitar interferências com outros serviços, uma vez que este espectro hoje está atribuído pela Anatel para serviços de rádio ponto a ponto.
Camilla Duarte, arquiteta de soluções da Ericsson Brasil, conta que numa segunda fase a ideia é aumentar a modulação e chegar a velocidades de 12 Gbps, podendo inclusive agregar mais portadoras e mais frequências.
André Sarcinelli, diretor de engenharia da unidade de mercado corporativo da Claro, reconhece que ainda falta muito para que o 5G seja padronizado (a expectativa é de que o standard seja anunciado em 2020) e, consequentemente, que a nova tecnologia seja massificada.
“Da mesma forma como aconteceu com o 3G e com o 4G, esses testes como o de hoje nos ajudam a fazer o planejamento de rede, a cobertura indoor, a adaptação para áreas de alta concentração de demanda, porque o desafio é chegar com a tecnologia (que usa altas frequências e tem menor raio de cobertura) em ambientes internos”, explica Sarcinelli.
O executivo da Claro lembra ainda que embora ainda não haja um padrão, os EUA já indicaram que trabalharão o 5G nas frequências de 28 GHz, enquanto a Europa escolheu a faixa de espectro de 15 GHz. As duas frequências já estão ocupadas no Brasil, atribuídas a outros serviços, mas Sarcinelli ressalta que testes como estes são importantes para incentivar a Anatel a estudar o quanto antes o caminho a ser seguido pelo Brasil com atribuição de faixas que garantam escala à tecnologia 5G por aqui.