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COB define esportes "pontos de atenção" para Rio 16

No último dia dos Jogos Olímpicos de Londres, se fez um balanço da participação dos atletas do País nas competições. Apesar de ter alcançado a meta de medalhas, algumas modalidades precisam de mais atenção para o trabalho que se segue até 2016.

No último dia dos Jogos Olímpicos de Londres, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) fez um balanço da participação dos atletas do País nas competições. Apesar de ter alcançado a meta de medalhas, alguns resultados do Brasil foram classificados como “pontos de atenção” para o trabalho que se segue até 2016. Entre eles, o fato da ginástica artística feminina não ter chegado a nenhuma final.

O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, disse que a causa não é segredo para ninguém. “Ela se deveu a uma briga política dentro da Confederação. Isso prejudicou os atletas e trouxe um dano muito grande à ginástica do Brasil”, disse. Nuzman afirmou que o problema é um dos maiores dentro da Entidade e que precisa ser resolvido para que a equipe se classifique para as Olimpíadas do Rio, em 2016.

Outros pontos de atenção levantados pelo COB são a ausência de medalhas no atletismo, hipismo e taekwondo, o basquete e o futebol femininos fora das semifinais, a vela com apenas uma medalha, a natação com apenas duas e o handebol masculino nem sequer foi classificado para participar dos jogos.

Segundo o superintendente executivo do COB, Marcus Vinícius Freire, esses pontos serão tratados nas reuniões que começam a ser feitas com as confederações de cada modalidade no Brasil.

Quanto aos destaques, além da meta de medalhas ter sido alcançada, o COB ressaltou o primeiro Ouro no judô feminino e na ginástica artística masculina, o recorde brasileiro de quatro medalhas no judô e no vôlei, e de três no boxe. De acordo com Freire, 57 atletas brasileiros conquistaram medalhas em Londres, somando as modalidades individuais e coletivas.

Apesar das 17 medalhas representarem o maior número já alcançado pelo Brasil numa única edição olímpica, é preciso ganhar bem mais para atingir a meta de ficar entre os dez primeiros no ranking de medalhas no Rio.

Serão necessárias pelo menos 25 medalhas. Para isso, mais modalidades precisam conquistá-las. Em Londres, apenas sete modalidades conseguiram subir ao pódio. “Precisamos de 13 modalidades medalhando”, disse Freire.

A “cereja do bolo” na preparação para as competições, segundo o superintendente, foi o Crystal Palace, centro de treinamento no sul de Londres que abrigou mais de 100 atletas, que podiam treinar em espaços exclusivos, além de salas para a telemedicina e a ciência do esporte do COB. A novidade na preparação custou R$ 3,2 milhões. O gasto total em Londres chegou a R$ 11,6 milhões.

Crystal Palace.

Na comparação com o ciclo olímpico de Pequim, os investimentos oriundos da Lei Agnelo/Piva passaram de R$ 230 milhões para R$ 331 milhões nos quatro anos até Londres. Freire observou que grandes potências gastam, em média, mais de US$ 1 bilhão.

Enquanto a Grã-Bretanha, com uma área mais de 30 vezes menor que a do Brasil e menos de um terço da população, tem sete centros multiesportivos de treinamento, o país não tem nenhum, comparou Freire.

Fonte: Carolina Pimentel/ Jornal Dia a Dia.