Após uma grande pressão, especialmente pelos consumidores americanos (veja matéria especial do Promoview aqui) a Coca-Cola anunciou nesta 3.ª feira que irá suspender seus negócios em território russo em meio às sanções internacionais contra a Rússia após o início da guerra na Ucrânia.
“A Coca-Cola Company anunciou hoje que está suspendendo seus negócios na Rússia. Nossos corações estão com as pessoas que sofrem os efeitos inconcebíveis desses trágicos eventos na Ucrânia.”, afirmou a companhia em comunicado.
Veja também: Empresas deixam a Rússia de olho nas boas práticas de ESG
A rede de fast-food McDonald’s também pressionada nas redes sociais anunciou que irá suspender temporariamente a operação de seus restaurantes na Rússia após uma série de sanções internacionais por conta da invasão russa da Ucrânia. A companhia disse que continuará pagando salários a seus 62.000 funcionários na Rússia.
Ainda nesta terça, a rede de cafeterias Starbucks também anunciou o fim de suas atividades na Rússia. Grandes marcas globais, foram pressionadas a interromper suas operações na Rússia por vários órgãos, incluindo o fundo de pensão do estado de Nova York.
A PepsiCo também anunciou sua retirada da Rússia logo depois de a Coca-Cola ter divulgado seu comunicado. A empresa, no entanto, declarou que seguirá oferecendo outros produtos no país, sobretudo itens essenciais, como leite e fórmulas infantis.
A empresa divulgou um comunicado assinado pelo CEO, Ramon Laguarta, em que o executivo relembra a atuação da PepsiCo no País e de sua atuação no local durante a Guerra Fria.
“No entanto, dados os eventos terríveis que vem acontecendo na Ucrânia, estamos anunciando a suspensão das vendas da Pepsi e de nossas outras marcas globais na Rússia, incluindo 7Up e Mirinda”, declarou a empresa. A companhia tem 20 mil funcionários na Rússia, além de 40 milhões de agricultores do país que trabalham como fornecedores, de acordo com o comunicado. A PepsiCo continuará operando com esses trabalhadores.
Outras empresas que estão congelando atividades
A Condé Nast, proprietária da Vogue Business também está suspendendo suas operações de publicação na Rússia em meio à guerra na Ucrânia.
“Continuamos chocados e horrorizados com a violência sem sentido e a trágica crise humanitária na Ucrânia”, disse o CEO Roger Lynch em um memorando aos funcionários globais da Condé Nast postado em seu site. “Com jornalistas e equipes editoriais em todo o mundo, é fundamental que possamos produzir nosso conteúdo sem riscos para a segurança de nossa equipe. Recentemente, o governo russo aprovou novas leis de censura que agora nos impossibilitam de fazê-lo.”