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Coe defende que Brasil pense no legado da Copa e Olimpíadas

O presidente do Comitê Organizador da Olimpíada de Londres 12 esteve em visita ao Rio de Janeiro para participar da Convenção Global da Soccerex, evento sobre troca de experiência entre Londres e as próximas cidades olímpicas.

Em visita ao Rio de Janeiro para participar da Convenção Global da Soccerex, evento sobre troca de experiência entre Londres e as próximas cidades olímpicas, o presidente do Comitê Organizador da Olimpíada de Londres 12 (Locog), Sebastian Coe, defendeu que o Brasil pense no legado que o esporte vai deixar para as crianças do País depois da Copa do Mundo de 14 e dos Jogos Olímpicos de 16.

“Isso pode impulsionar para que mais crianças estejam envolvidas com o esporte. É a chance de mudar a vida de muita gente”, disse Coe, que lembrou que em sua última visita à cidade conheceu os projetos esportivos da Vila Olímpica da comunidade da Rocinha.

Presidente do Locog comentou organização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (Foto: Ulisses Neto).

“Vi como o esporte pode ser usado para mudar a vida das pessoas”, prosseguiu. “Na Olimpíada você tem 26 esportes e não se pode ser bom em tudo. Mas você pode estimular. A Inglaterra nunca tinha vendido um ingresso para handebol e vendeu mais de 200 mil nos Jogos Olímpicos e as crianças adoraram. Foi o ginásio mais barulhento”, lembrou.

Coe afirmou também que é preciso estimular as crianças com novidades. “Eu nunca tinha visto vôlei ou handebol na minha vida”, admitiu. O ex atleta contou ainda que a filha dele fez cara feia quando ganhou um convite para ver uma competição de tiro com arco, mas ao final voltou encantada da competição. “Não basta ganhar medalha, é preciso saber quantas crianças essa medalha pode atrair depois das competições”, disse.

Sobre os erros cometidos pela organização em Londres, Coe disse que não mudaria nada do que foi feito em grande escala: “Durante sete anos de trabalho, você tem que corrigir muitos erros. Certamente se olhasse detalhes, mudaria bastante coisa”.

O dirigente afirmou que, durante um grande evento, um país e uma cidade sofrem seus maiores desafios em grandes eventos. Segundo ele, o Brasil tem que aproveitar para rentabilizar tudo a favor do País.

“O Brasil nunca mais vai ter a exposição que terá nos próximos quatro anos”, projetou, citando que em uma pesquisa feitas no Reino Unido após as Olimpíadas mostrou que 70% dos cidadãos avaliaram que a imagem do País foi exposta de maneira positiva.

“Os desafios são muitos, e não se pode perder a oportunidade”. O Seminário do Comitê Olímpico Internacional prossegue até amanhã em um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e envolve cerca de 500 pessoas ligadas aos próximos Jogos Olímpicos de verão e de inverno.

Fonte: Marcus Vinicius Pinto/Terra.