Por Leandro Gonçalves Martins
A origem da palavra comprometimento traz a ideia de “fazer promessa com”, “empenhar-se em”, “obrigar-se a”. Em nossa vida cotidiana, seja ela pessoal ou profissional, costumamos ter o hábito de fazer promessas, sejam para outras pessoas ou para nós mesmos.
Ao chefe, prometemos não chegar mais atrasado, ou entregar o relatório solicitado em dia. Para nossa família, prometemos que iremos passar mais tempo com eles, que iremos fazer aquela viagem tão sonhada nessas próximas férias. Para nós mesmos, prometemos que iremos mudar nossos hábitos alimentares e começar a tão adiada academia.
Foto: Reprodução/Google.
Quantas dessas e outras inúmeras promessas são concretizadas de verdade? Aqui está a primeira reflexão desse texto: “Não estaríamos prometendo demais e cumprindo de menos?”.
A não realização daquilo que foi prometido gera grande insatisfação nas pessoas envolvidas, sejam elas o seu chefe, seus familiares ou em você mesmo. Surge então a frustração em não conseguir realizar tudo aquilo que se diz que será feito. E isso não é um bom sentimento para ter consigo.
No mundo dos negócios, no ambiente empresarial, essa frustração pelo não cumprimento de metas, objetivos, planos, gera uma atmosfera muito negativa. Assim, surge uma das grandes queixas que as gerências de recursos humanos vêm recebendo nos últimos anos: “Elevado número de funcionários descompromissados”.
No meio de tantas promessas não sendo cumpridas, é mais fácil não se comprometer. Com tantas tarefas a serem feitas, é mais cômodo não se envolver em projetos futuros na empresa.
Surge assim a falta de comprometimento no meio empresarial. Neste ponto temos a segunda reflexão desse texto: “Será que as empresas podem desenvolver a competência de maior comprometimento em seus funcionários?”. Eu acredito que sim.
A GOL Linhas Aéreas recentemente declarou que conseguiu o maior comprometimento de um grupo de funcionários ao definir regras para o trabalho em home office, ou seja, profissionais da empresa que trabalham em suas casas, com acesso ao sistemas à distância.
O que a empresa fez? Simples: encontrou um caminho para melhorar o ambiente de trabalho para algumas pessoas que souberam se adaptar a essa nova forma de trabalho.
Mas também acredito que comprometimento é como motivação: é algo extremamente pessoal. Cada ser humano tem sua forma de sentir-se mais ou menos engajado em realizar determinadas tarefas, em determinados momentos e locais.
Empresas: busquem formas de melhorar o ambiente de trabalho de seus colaboradores. Podem acreditar que isso afeta diretamente no envolvimento de sua equipe nos desafios diários.
Individualmente: busque você também os motivos para se envolver no que está fazendo. Não está satisfeito com algo? Mude! Procure seu espaço. Encontre o que traz o equilíbrio entre felicidade emocional e financeira.
Lembre-se que estar comprometido com algo significa que você está empenhado em realizar ou concretizar algo. Estudos, saúde, trabalho e família sempre merecem o nosso envolvimento, mas tudo dentro de um equilíbrio.
Ainda bem que comprometimento é uma competência, ou seja, todos nós podemos desenvolver ao longo da vida, basta um pouco de dedicação, foco e motivação.