Uma palavra aparentemente simples e coloquial. Uma palavra que está implícita na realidade e no cotidiano da vida. Uma palavra de forte significado e importância em cada momento da nossa existência. A comunicação humana.
Não preciso citar os inúmeros tipos e formatos da comunicação nem suas premissas, ainda assim, não posso deixar de ressaltar a importância do relacionamento, na nossa relação com um público anônimo e heterogêneo, nas atividades dos meios de comunicação, rádio, televisão e imprensa, na vida pessoal e profissional.
Uma comunicação sustentada por intermédio do respeito, da objetividade, e coerência em tudo que é dito e feito.
Em todos os sentidos a comunicação é a linha mestra do diálogo, da tolerância do respeito e é sempre ela que traduz sentimentos, cordialidade, raiva, informação, notícias.
E-sobre este assunto base da minha vida pessoal e profissional que vou tentar explicar, ou melhor, compartilhar, o meu desapontamento e frustração diante de uma atividade tão importante, e, ao mesmo tempo, tão mal utilizada.
Podia começar a falar na irresponsabilidade e nos efeitos catastróficos que ela mal utilizada pode produzir, não só nos chamados fake news, geradores da mentira, mas, da disseminação do ódio, da desmotivação, da intolerância.
Estamos convivendo diariamente com uma má comunicação que altera comportamentos, falsos juízos, censura, falsas notícias, quase sempre aproveitadas por redes que nada tem de sociais.
Na verdade, o que temos é um mundo cheio de preconceitos, de idiossincrasias que mais parecem tribunais da inquisição no seu resgate “do bem contra o mal”.
Atualizando o termo e dando nome à realidade, chamaria de ditadura da informação.
Na verdade, o que temos é a comunicação se transformando num grande espetáculo midiático, infelizmente negativo, que tem como palco a intolerância ideológica, o politicamente correto, a falsa e oportunista moralidade, além do abuso estratégico e oportunista de quem se esconde por meio das palavras para criar o caos, manchar reputações, disseminar o ódio e conflitos, na maioria das vezes resguardado no anonimato partidário e político.
É neste cenário apocalíptico e aterrador que diariamente convivemos com uma comunicação que só conhece o lado negativo, o lado sem esperança, o lado da sombra.
Quem se beneficia realmente do egocentrismo e da liberdade idiota da autoafirmação exibicionista?
Sem querer fazer acusações gratuitas, de uma maneira geral todas as atividades da comunicação, umas mais outras menos, convivem com uma metodologia tendenciosa, deliberada, por meio de um ataque direto e contínuo à toda a informação não ideológica.
Na verdade, uma comunicação orquestrada que desconhece as palavras, felicidade, harmonia, bom senso e sociedade. Uma comunicação que desconhece a palavra construção, unidade e valores sociais.
O que temos afinal?
Temos um governo pautado em formatos ideológicos e sem respaldo político, uma imprensa aparelhada ideologicamente, apoiada numa divisão ideológica de interesses pessoais, econômicos e partidários no contexto global.
Temos uma casta de beneficiários, que conta com o apoio incondicional dos chamados pseudo intelectuais, e dos artistas igualmente comprometidos.
O pluralismo e a imparcialidade, não passam de frases de efeito, na verdade uma falácia do quanto pior é melhor.
As regras da democratização e da liberdade de expressão são uma falácia.
Diante da utilidade e importância desta ferramenta (comunicação), onde você pode ler o que quiser escrever o que quiser (sem calúnias e ofensas morais), tudo se apequena diante de um cenário obscuro e promíscuo apoiado e compartilhado por redes de informação ideológicas, organizações políticas e falsos profetas da verdade.
A sociedade está confusa, reclama, começa a avaliar a verdade, mas não é o suficiente. A história nos ensina como essas ferramentas nocivas quase destruíram o mundo, e como elas continuam a ser propagadas e utilizadas.
O mundo mudou, a sociedade mudou, mas não o suficiente para entender como esse movimento endêmico se instala na sociedade, na família, no trabalho na sociedade.
O radicalismo exibicionista está cada vez mais presente e quem não concordar é nosso inimigo.
Então, o que fazer?
Amigos, não sou dono da verdade e nem tenho a resposta para todos os conflitos existenciais que estamos vivendo, resta-me apenas a esperança que a comunicação, uma palavra tão importante e bonita, não vire sinônimo de intolerância e ódio.
Uma esperança que quero compartilhar com todos que participam e fazem da comunicação um valor social.