Em seu regulamento de licença de clubes, a Conmebol estabeleceu novas exigências para os clubes sul-americanos disputarem as suas duas principais competições, a Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana.
O documento foi divulgado no fim de setembro e tem diversos pré-requisitos a serem cumpridos pelas agremiações a partir do ano que vem. Quem não andar na linha estará impedido de jogar a edição de 2018 caso a entidade siga o estatuto à risca.
O objetivo da Conmebol é fazer com que todos os times deem um passo na direção do profissionalismo, um dos pontos negativos dos torneios sul-americanos em comparação com a Europa – a Uefa implementou tal licenciamento de clubes em 2008, um ano depois de sua criação por parte da Fifa.
Para os brasileiros, convém olhar com carinho para os critérios de infraestrutura e financeiros. Além de “instalações de treinamento adequadas”, os clubes também devem ter um estádio aprovado pela entidade, com diversas demandas, como uma certificação por um órgão público, sala de controle, iluminação, gerador, sala de doping e primeiros auxílios, acomodação para torcida visitante, instalações para a imprensa, entre outras.
Clubes como Flamengo e Fluminense, por exemplo, teriam dificuldades para disputar a Libertadores caso as normas estivessem valendo para 2016, uma vez que o Maracanã esteve fechado por conta dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. No regulamento, a Conmebol exige que o time seja dono do estádio ou tenha um contrato de aluguel fixo assinado.
Para 2019, os clubes deverão se submeter a uma auditoria independente para divulgar o estado financeiro anual que inclua um balanço da contabilidade, contas de perdas e ganhos, fluxo de caixa e documentos. Ou seja: precisarão detalhar as dívidas, números sobre transferências de jogadores, direitos de TV, patrocínios, etc. Os clubes também vão precisar apresentar um orçamento para o ano em exercício.