Experiência de Marca

Converse homenageia pessoas negras de comunidade no Rio de Janeiro

A tinta fotocatalítica que ajuda a purificar o ar, e, a cada m² pintado, equivale a uma nova árvore plantada.

Em 2020, a Converse deu início ao projeto global City Forest que promove a pintura de murais com uma tinta fotocatalítica que ajuda a purificar o ar, e, a cada m² pintado, equivale a uma nova árvore no entorno. 

Após passar por 14 cidades, entre elas, Bangkok (Tailândia), Santiago (Chile), Lima (Peru), Johanesburgo (África do Sul), Sidney (Austrália), Jacarta (Indonésia) e São Paulo (Brasil), o projeto chega à cidade do Rio de Janeiro, mais precisamente na comunidade de Santo Amaro.

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Neste ano, o Converse City Forest se apropria da arte urbana para ampliar o diálogo sobre temas raciais e homenagear pessoas que quebraram barreiras em diferentes áreas e momentos da história para que as novas gerações pudessem se inspirar. 

A marca quer honrar a história, debater o presente e definir objetivos e esperanças para o futuro por meio da arte e das histórias de todos os envolvidos no processo criativo, de produção e da própria comunidade.

O projeto conta com a curadoria de Lucas Ademar, nascido e criado na comunidade Santo Amaro, onde ficou conhecido pela criação do Ademáfia, coletivo que acredita na transformação social proporcionada pelo skate.

Além de proporcionar um mural a céu aberto para os moradores, o local foi escolhido, estrategicamente, pelo fato de ser uma região que carece de árvores e que a tinta, de fato, fizesse o efeito de purificação do ar.

Lucas escolheu duas pessoas importantes da comunidade para serem homenageadas. 

Baiano, um dos primeiros moradores da comunidade, falecido há alguns anos, mas que sua memória e figura se mantém viva até os dias de hoje. E dona Martha, presidenta da associação de moradores há dois mandatos e, junto com a sua equipe, mantém um trabalho muito respeitado proporcionando muitas melhorias na comunidade. 

Atualmente, está com a saúde debilitada e pretende não concorrer mais ao cargo ao final da sua gestão.

“O Baiano era um senhor que até os 91 anos andava pela comunidade. Ele tinha um ferro velho e era conhecido por todo mundo e foi um dos primeiros moradores da comunidade, desde 1948. A memória ainda vive muito entre a antiga e a nova geração. Ele é símbolo de gente que trabalha para não morrer.”, explica  Lucas Ademar

“A dona Martha foi a primeira mulher a ser eleita como presidenta da Associação de Moradores. Uma mulher negra que leva a responsabilidade da qualidade de vida dos moradores. Ela é uma grande inspiração.”, complementa o curador. 

O mural do Rio de Janeiro tem como recorte o tema “Amor Afrocentrado” e, para isso, o grafiteiro e muralista André Kajaman, um dos principais nomes da arte urbana carioca e criador do MOF – Meeting of Favela – traz o tema com as crianças representando as gerações que surgiram a partir dos homenageados que, mesmo não sendo um casal, fizeram suas famílias dentro da comunidade. 

O mural de 1.064m², equivalente ao plantio de 1.064 árvores naquela região, recebeu uma projeção que deu ainda mais vida à arte. 

Criada pela artista e VJ carioca Carol Santana, as casas do entorno ganharam uma projeção mapeada que dialogava com o conceito da obra, transmitindo o amor, a comunidade, a quebra de barreiras, a desconstrução de padrões e exaltação às raízes. 

Após a inauguração do mural do Rio de Janeiro, o projeto foi para Salvador com a curadoria de Pedro Batalha e Hisan Silva, duo responsável pela marca soteropolitana Dendezeiro

A inauguração aconteceu em 8 de março, Dia Internacional da Mulher. O local escolhido para a construção do mural foi o Dique do Tororó e foi feito por duas artistas negras, Andressa Monique e Nila Carneiro. 

Com o tema “Afrofuturismo”, a homenageada foi Larissa Luz, cantora, compositora e atriz, considerada um dos grandes nomes da nova geração da música baiana.

 

Foto: Divulgação.