Com valores a partir de R$ 60,00 a R$ 890,00 (a inteira), entradas para a competição começam a ser comercializadas nessa quinta. Brasil, Uruguai e Argentina são confirmados cabeças-de-chave.
Desde as 18h (de Brasília) desta quinta-feira (10), a Comitê Organizador Local da Copa América de 2019, que será disputada no Brasil, iniciou a venda dos ingressos pela internet. Entretanto, desde a abertura do mercado de bilhetes, torcedores relataram problemas ainda na fase de cadastro e reclamaram da plataforma disponibilizada para a competição de tutela da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol).
As vendas são exclusivamente on-line e feitas em cartão de crédito no site.
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A organização do evento concedeu entrevista coletiva pela manhã no Rio de Janeiro para dar detalhes da operação. Além disso, assegurou que o torneio será 100% financiado por recursos privados. Ao menos, nos gastos relacionados ao comitê organizador da competição.
"Ao longo do planejamento, fizemos três visitas a Brasília, para que nos reuníssemos aos diversos grupos de forças de segurança do Governo Federal e dos Estados também. Quando falamos que vamos usar recursos privados, queremos dizer que todos os custos do comitê organizador serão privados. Segurança é sempre obrigação de entes públicos. Como em qualquer lugar do mundo. Nós cuidaremos da segurança no perímetro dos estádios, da porta para dentro. Para fora do perímetro, sempre é o Estado faz isso. Estamos trabalhando com estreita colaboração dos órgãos federais e estaduais.", disse Agberto Guimarães, diretor de operações do evento.
A categoria 5, com preços a partir de R$ 60, valerá apenas para os jogos nas Arenas Corinthians e Grêmio. Nos demais, o ingresso inteiro mais barato comum aos seis estádios (Mineirão, Fonte Nova, Morumbi, palco da abertura, e Maracanã, da final, serão os outros quatro) sairá por R$ 120 (veja no detalhe da tabela acima).
A venda dos 228 mil ingressos iniciais disponibilizados para os 26 jogos da competição – ao todo serão cerca de 1 milhão à venda – abrirá às 18h (de Brasília) no site oficial da competição e ficará aberta ao público até o dia 24. Nessa momento, a operação será feita de modo simplificado. Ou seja, será por ordem de chegada online. Não haverá nenhuma venda especial nesse momento.
Otimismo com ocupação de estádios
Na coletiva de imprensa, o gerente geral de competição do COL, Thiago Jannuzzi, mostrou otimismo na taxa de ocupação nos estádios. Na Copa de 2014, no Brasil, o índice foi acima de 90%.
"Estamos tratando (do tema) com nossos vizinhos. São países em que a distancia é mais curta em relação aos participantes da Copa. O Peru mostrou motivação muito grande com a participação na última Copa e já tem demonstrado interesse muito grande na Copa América. Temos exemplos recentes também. Brasil e Uruguai em Recife tivemos mais de dois mil uruguaios. Brasil e Chile mais de dois mil chilenos. O sul-americano é apaixonado por futebol e a proximidade dos países favorece para encher estádios também.", comentou Jannuzzi.
O diretor de operações, Agberto Guimarães, ressaltou, porém, que se a procura não for a esperada a organização terá que usar de criatividade para não deixar estádios vazios.
"Vamos ter feedback agora de como o mercado está reagindo. O comitê está muito otimista. É um grande produto, são grandes seleções. Alguns dos melhores jogadores do mundo participando do evento. Se isso não ocorrer teremos que ser bastante criativos." – disse Guimarães.
Precificação e combate a cambistas
Os organizadores explicaram na coletiva que os preços foram definidos levando em conta as últimas competições realizadas, além da demanda e da capacidade de compra do torcedor brasileiro. Januzzi lembrou que 65% dos jogos têm ingressos entre R$ 60 e R$ 350 – ou meias de R$ 30 a R$ 175. Isto num universo de um milhão de ingressos à venda durante o torneio.
Com limite de cinco ingressos por partida para cada pessoa comprar, o Comitê espera inibir cambistas e conta com a ajuda de órgãos públicos de segurança. Na Copa do Mundo de 2014 um esquema de venda de ingressos irregular provocou prisões.
"Tudo na vida serve de aprendizado. Nós já iniciamos tratativas com órgãos públicos para discutir como vamos coibir todo tipo de ações desde a segurança do público, controle de fluxo na chegada e o cambismo que é uma praga que assola eventos no nosso continente. Mas não conseguiremos fazer isso sozinho, temos que contar com ajuda do poder público. Estamos nos antecipando pra minimizar esse tipo de problema.", afirmou Agberto Guimarães.