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Crise europeia afeta turismo do Rio de Janeiro

Para suprir a queda de turistas, a Secretaria de Turismo do Estado (RioTur) tem investido do promoção do destino no País, com o objetivo de aumentar o número de turistas nacionais.

Com a crise na Europa, o perfil dos turistas do Rio de Janeiro vem mudando. O número de visitantes estrangeiros que vêm para a cidade reduziu e tudo indica que a presença deles será menor ainda durante o Carnaval.

Para suprir a queda de turistas, a Secretaria de Turismo do Rio de Janeiro (RioTur) tem investido do promoção do destino no País, com o objetivo de aumentar o número de turistas nacionais no Rio de Janeiro.

Essa diferença numérica pode possível ser percebida durante o Réveillon, quando 2,3 milhões de pessoas, sendo 700 mil turistas, lotaram a orla de Copacabana, porém a taxa de hospedagem dos quartos ocupados por estrangeiros caiu de 40%, relativo aos anos anteriores a 2011, para 25% no ano passado.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (Abih-RJ), a busca por hotéis no ano passado foi a mesma que em 2011, mas isso frustrou o setor hoteleiro, que recebeu mil novos quartos em 2012.

“A crise econômica europeia diminuiu a vinda de estrangeiros, mas esse ano tivemos mais brasileiros e sul americanos vindo para o Rio. Essas pessoas tendem a se hospedar em casa de amigos e parentes. Outro fator que contribui para esse ‘falso’ dado é o aumento dos quartos, que cresceu mais de 100%, dividindo a taxa de ocupação”, declarou o presidente da RioTur, José Carlos Ferreira de Sá.

Para o Carnaval, o turista estrangeiro costumava representar cerca de 60% a 65% da ocupação de hotéis. De acordo com a Abih-RJ, esse ano o número deve cair para 50%.

“É uma questão do momento de uma crise que existe na Europa e tem reflexos nos Estados Unidos”, disse o secretário de turismo do Rio, Antonio Pedro de Mello. Diante deste cenário, a secretaria foca, a longo prazo, no mercado asiático. E a prioridade é atrair turistas não só para o Carnaval, mas também para os grandes eventos esportivos dos próximos anos como Copa do Mundo de 14 e as Olimpíadas de 16.

Como disse o presidente da RioTur, os turistas brasileiros buscam se hospedar em casas de familiares e amigos, o que leva a um enfraquecimento do mercado, uma vez que o setor hoteleiro tem uma menor procura.

A Secretaria de Turismo prevê que 900 mil pessoas virão para o Carnaval Carioca, que atrai o turista de renda variada devido ao crescimento dos blocos de rua, que abrem as portas orçamentos de vários tamanhos. Por sua vez, de acordo com a Federação de Albergues do Rio, os albergues e pousadas estão com lotação completa para o Carnaval – período em que os preços estão 50% maiores -, com 80% dos hóspedes estrangeiros.

Fonte: Samantha Chuva/Jornal de Turismo.