O fim de ano vai chegando e a gente fica cheio de desejos e promessas.
Por que não, né?
Também tem as constatações de erros cometidos, coisas não feitas, omissões que nos castigaram, e nos castigam, escolhas erradas, caminhos errados, opções ruins pra gente.
Foto: Reprodução/Google.
Sinto que a maioria deseja o fim da crise. Mas não se dispõe a criar alternativas.
Alguns desejam o impeachment da presidente, outros que ela peça para sair, outros ainda que ela fique (fazendo o quê não sei, mas é direito querer.).
Há os que peçam paz, os que peçam guerra, em nome de Deus, os que peçam luz e os que prefiram as trevas para ficarem escondidos
Tem gente querendo trabalho, emprego, chance e oportunidades, mas há os que queiram tudo isso para ver se rola uma mamata, uma chance de corromper e levar uma grana. Afinal, oportunidade no Brasil só existe se der para a gente “levar vantagem em tudo, certo”?
Tem quem queira mudanças. Pelo voto, pela escolha, pela troca, pela apelação. Entretanto, há quem queira tudo isso pelo Face, se omitindo, gritando e falando, sem agir, sem participar, sem nada fazer.
Tem até quem queira que tudo fique como está. Tem sim, pode crer.
Tem quem prometa melhorar e nunca mais roubar. Todo pessoal preso na Lava Jato promete isso, de joelhos. Tem quem prometa que vai saber de tudo se voltar ao poder e quem prometa que não pedala essa ano, que dá azar.
Há quem prometa ter ética e ter conselho sério. Quem prometa não escrever nunca mais uma carta e só mandar e-mail. Há quem prometa nos escrever (que medo).
Meus amigos prometem que vão me ver sem ser pelo Face ou pelo Periscope. Prometem que vão me abraçar no aniversário, porque tá chato pra cacete esse lance de milhares de mensagens que dizem a mesma coisas (foi copia e cola mesmo).
E tem quem prometa acreditar em Deus – como se Deus estivesse muito preocupado com isso. Quem prometa ser solidário, presente, humano, sorridente, amigo e condescendente. Quem prometa não mentir… (essa eu quero ver.)
Promessas e desejos podem ser legais, mas o que você vai fazer para que eles sejam verdade é o que conta.
No entanto, antes deles, examine seu ano de 2015. O quanto você errou nele, ou em 2014, e hoje colhe os resultados desses erros?
Errar é humano, mas perseverar no erro é diabólico (Podia usar a forma antiga que diz que “persistir no erro é burrice”, mas isso nem é tão verdade, porque tem gente inteligente que persiste só para não ter que dizer que errou.).
Saber se desculpar – com os outros ou consigo mesmo – pode clarear o horizonte, porque, quando insistimos no erro, se sabemos que erramos, fazemos mal não apenas a nós, mas a todos que nos cercam.
Há uma coisa que percebo no teimoso. É a alegria dele em se comprazer com o problema dos outros, como se ele nada tivesse com isso. Tem sim.
Por fim, o ano vai acabar… ou não. Depende de nos, porque somos herdeiros de nossos próprios atos (bem dizia o Mestre), artífices de nosso próprio futuro e senhores de nosso próprio fim… ou começo… ou recomeço.
Deseje, com vontade e ação, um ano melhor e faça-o assim para você e os outros.
Prometa, com foco e decisão, ser honesto consigo mesmo e atue na promessa para mudar (-se ou –nos).
E constate que continuar no erro, se assim você o entende, não é diabólico (ou burrice), é maldade com quem não pode, como você, mudar seu próprio destino.
A agência, a cidade, o Estado, o País e o próprio mundo precisam da mudança. E ela não se faz magicamente.
Primeiro, mude você, depois, dê exemplo e pratique com ações. Crie, ouse, inove, empreenda, caminhe e dê a mão.
Assim você verá que não mudou apenas você. Mudou a energia ao seu redor, fez a vida mais bonita, um ano novo, novo de verdade, que tem mais que esperanças que fogos e brindes.
Você fez um ano vivo, ao vivo e em cores. Um ano real, de verdade, de sucesso, porque a frase que não cala nos mostra o único jeito de fazer bem feito:
Quem sabe, faz ao vivo, porque ao vivo, tudo é sempre muito melhor.
Desejo um ano de sucesso, paz, trabalho e solidariedade, um ano de valor.
Prometo que continuo aqui, e na vida, a lutar, com palavras e atos, contra tudo que acredito ruim para nós.
Constato que errei em algumas coisas e não as farei de novo. No entanto, acertei em outras, mas preciso melhorá-las.
Ah, e eu tirei, definitivamente o “s”.
2016. Crie esse novo ano em você!