Inimigo número um da saúde das pessoas nos últimos anos, o estresse tem causado cada vez mais danos, sobretudo na vida profissional dos indivíduos. Como vimos em post recente, esse revés é muito prejudicial para a empresa, uma vez que influencia negativamente na produtividade, no absenteísmo, no presenteísmo e diversos outros indicadores das organizações.
Geralmente, no ambiente de trabalho, são muitas tarefas a se cumprir, pessoas diversas para lidar, relatórios a fazer, além de uma rotina diária que acaba exigindo muito dos profissionais. Quanto mais ocupações pessoais e profissionais, provavelmente mais chances você terá de ficar estressado.
No entanto, não é exatamente a quantidade de tarefas e responsabilidades que causam o estresse, mas sim o não reconhecimento destas por parte da empresa e seus gestores, acarretando assim na desmotivação dos colaboradores.
Esse desequilíbrio entre esforço e recompensa foi evidenciado pela pesquisa Stress Management Association, realizada ano passado entre diversas empresas brasileiras.
Segundo o estudo, a desmotivação causada pela falta de reconhecimento figura no topo das principais causas de estresse no trabalho, com 89% dos entrevistados – todos economicamente ativos, com idades entre 25 e 60 anos – alegando que tal fator é a principal causa de seu estresse no trabalho.
- 89% Desequilíbrio entre Esforço e Gratificação;
- 78% Acúmulo de responsabilidade e longa jornada de trabalho;
- 63% Relacionamentos interpessoais.
O curioso desse dado é que este motivo não figurava, por exemplo, nem entre as cinco principais causas de estresse na pesquisa anterior, de 2012. Segundo os idealizadores da pesquisa, se a discrepância entre dedicação e reconhecimento apareceu agora, e em primeiro lugar, é por conta do delicado momento econômico que o Brasil está passando.
Quando há uma crise, geralmente funcionários começam a ser demitidos, os demais trabalhadores acabam ficando inseguros com a possibilidade de serem os próximos. A insegurança gera medo e desmotivação, o que leva esses profissionais a não executarem bem suas atividades, prejudicando ainda mais os resultados da companhia.
Além disso, quando há uma diminuição no quadro de funcionários, ocorre também uma sobrecarga de trabalho para os outros colaboradores, levando ainda mais estresse e desmotivação.
“Os funcionários, que já não têm perspectiva de promoção e estão sobrecarregados de trabalho, veem no reconhecimento uma garantia de permanecerem com seus empregos. Quando nem o reconhecimento ocorre, diminui a autoestima dos colaboradores, eles acabam se frustrando.”, explica Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association (Isma).
Os líderes precisam estar muito atentos a estas questões dentro de sua empresa, pois, cabe a eles incentivar e traçar as estratégias para que a sua equipe e demais áreas desempenhem o melhor papel dentro da organização, afastando cada vez mais o estresse e a desmotivação de seus colaboradores.
Grande parte dos gestores modernos já sabem os benefícios que ações motivacionais, como por exemplo uma campanha de incentivo, pode trazer para os resultados da empresa, aumentando a produtividade, estimulando um trabalho de melhor qualidade e criando um clima organizacional saudável entre a equipe, com colaboradores mais felizes, eficientes e satisfeitos.