Eu não tenho jeito. Leio de tudo e vejo tudo que posso na TV, ouço rádio para ter uma ideia do que anda rolando pelo mundo.
Às vezes, me pergunto quais seriam as notas de redação e os roteiros e textos publicitários e de Marketing se os estudantes e profissionais dos textos fizessem o mesmo.
Pertenço a uma geração de leitores que precisavam escrever mais de 140 caracteres, consequentemente, uma geração que produziu uma leva de redatores geniais, que se tornaram referência e professores, como Nizan, Fabio Fernandes, Marcos Silveira, Washington, Dil Mota, Adilson Xavier, Gustavo Bastos, dentre outros, só pra citar alguns nomes. Pena que não esteja à altura deles. Não sou genial.
Hoje, a maioria dos nossos redatores e profissionais não sabe ler nem escrever em Português, daí a ausência dos gênios incontestes. São medíocres, na acepção da palavra. Uma média.
Quem sabe, falem e saibam inglês, mas até isso é questionável. “Inglesaram” de tal forma a Comunicação que qualquer um que fale bem o idioma pátrio é rejeitado nas agências, tem que saber inglês. Ou não?
Mas os rejeitam por medo mesmo de serem obrigados por eles a saber português para produzir bons textos que não sejam escrachados ao virem a público, cheio de erros. É uma vergonha ler briefings e peças –posts no Face valem?. Faltou o revisor, dirão! Onde coloco a vírgula na frase a seguir? Acreditem ainda podemos escrever em Português coisas legais.
Mas, voltando à motivação do texto… Depois de ler partes de “Sapiens – Breve História da Humanidade”, do Iuval Harari, não é que o vejo no “Conversa com o Bial”, recortado em suas geniais colocações.
Bom, se o Bial o fez, tomei coragem e trago minha visão das colocações “livístisca”(um neologismo vai bem) do Harari.
Seguem algumas de suas frases ou impressões que destaco:
“O Homo Sapiens conquistou o mundo, acima de tudo, graças à sua linguagem única.”
“A característica verdadeiramente única da nossa linguagem é a sua capacidade de transmitir coisas que não existem.”
As de cima, do primeiro livro.
Agora reflitam: Estamos no início do terceiro milénio.Uma ferramenta online criada numa universidade americana permite aos rapazes e moças da elite da sociedade partilharem ideias, textos, fotografias, vídeos, estreitarem laços e fortalecerem relações.
Em poucos anos, essa ferramenta chega a mais universidades, ultrapassa as fronteiras e começa a ser usada livremente pela sociedade em todo mundo.
Em 2017, já são milhões de pessoas que estão ligadas nessa rede. Todos os dias partilham ali sentimentos (emoções), preocupações, angústias, dores, alegrias, desejos e sonhos, através de posts e Lives.
Em 2025, começa-se a usar todo o conhecimento acumulado sobre cada um desses milhões de utilizadores sobre os seu passado e futuro, sobre os seus gostos e profissões, as suas famílias e geografias, para aconselhá-las nos processos de decisão, tipo: será um bom momento para mudar de casa? de carro? e que tal começar a procurar novo emprego? e o casamento, ainda posso acreditar na minha mulher? E o que mais?
As bases de dados sabem melhor do que cada um de nós o que é melhor para cada um individualmente, porque a todos conhece melhor do que cada um a si mesmo. Isto poderia servir de introdução à narrativa que nos conta noseu segundo e novo livro, “Homo Deus: A BriefHistoryofTomorrow”.
E aí moçada esperta, leitora e profissionais de Comunicação, em especial? Está tudo aí, antevisto, na esquina. Ao vivo, e em cores. Já estão planejando oque fazer? Como se Comunicar, em que Língua, pois partimos do grupo para o indivíduo? Quem está mais perto dessa Comunicação hoje? A mídia de massa ou o Live Marketing?
Qual a sua verdade? Dize-me o que lê que direi quem és.
Estamos, mais que nunca, ao vivo.