A frase lembra “To Do is To be”(Nietzsche), “To be is To Do”(Kant), o Sinatra em “Strangers in the Night”, e encontramos até na Física Quântica.
Mas o que vem primeiro: A gente só pode ser algo se o fizermos ou só podemos fazer algo se somos? Fazer é ser ou ser é fazer?
O mundo vive uma crise de identidade, onde o poder da imagem/mensagem muitas vezes se sobrepõe à sua essência ou aquilo que realmente são.
Pessoas, empresas, marcas e produtos vendem o que querem dizer, mas nem sempre entregam. Do produto que faz maravilhas e não funciona ao método de emagrecimento que não dá certo, passando pelo guru que promete riqueza, o carro que não polui, o político que fará tudo certo ou os hotéis que são como nas fotos.
Sempre há uma fórmula que promete maravilhas, mas não entrega e por quê? Porque ela não é! Foi vestida de, vendida como, e a partir de técnicas de convencimento, a gente acaba comprando “gato por lebre”.
Nem todo mundo é de verdade como aparece nas redes sociais, as personalidades massificadas e que passam uma imagem vendedora, são passíveis de serem apenas uma parte disto. Afinal, são gente como a gente e suscetíveis ao lado mais comum dos mortais.
O verbo SER nunca foi tão conjugado e precisamos de autoestima para aceitar que SOMOS alguém que tem valores, estilo, diferenciais, beleza, inteligência, capacidade e todas aquelas palavras que se busca em alguém.
Do profissional ao futuro companheiro(a), passando por sócios, parceiros ou simplesmente pessoas que queremos ter por perto. Somos padronizados desde pequenos, julgados desde sempre e a decisão em SER alguém ou SER você mesmo, mostra um traço de caráter decisivo em se “vender” como quem merece ser aceito e adicionado.
Mas para SER a gente precisa FAZER: mostrar que somos aquilo que dizemos que realmente somos e é aqui que as coisas se misturam, pois a contínua prática do FAZER também faz a gente SER e com isso vem a responsabilidade:
Se nos alimentamos de más notícias todos os dias, SEREMOS pessimistas.
Se nos mantemos no medo, SEREMOS pessoas paralisadas.
Se não exercitarmos o que aprendemos, SEREMOS mal aproveitados.
E é no equilíbrio entre SER e FAZER, que construimos nossa persona de forma coerente.
Ao nos entupirmos de conhecimento, precisamos dar vazão. Você sabe o que acontece com um HD cheio.
Ao ficarmos repletos de sentimentos negativos, precisamos deletá-los. A gente sabe como é ruim ter um vírus ou arquivo corrompido no nosso computador.
Ao aprender/instalar arquivos e programas em nós mesmos, precisamos usá-los. Todos sabem como a performance cai quando não temos mais espaço em disco.
E finalmente ao decidirmos limpar da nossa mente, das nossas convicções e sentimentos tudo aquilo que ocupa espaço sem ter porquê, abrimos espaço para o novo: novos programas e downloads que possam ter vez e voz dentro de nós. Porque não basta instalar, temos que usar!
Precisamos jogar fora aquilo que não precisamos carregar para essa nova jornada, pois claramente estamos começando uma e não há mais espaço para “Fazer o que eu digo, mas não fazer o que eu faço”.
Estamos todos sob o filtro implacável que separará quem É de verdade, daqueles que dizem SER, que também deixará bem claro os que FAZEM de fato, daqueles que dizem FAZER.
Então, se você estiver só SENDO, FAÇA!
Se você estiver só FAZENDO, SEJA!
E cantarolando “dobedobedo”, aperte o ENTER de um comando importante para seu cérebro: FAZER, SER, FAZER, SER e FAZER. Não necessariamente nessa ordem.