Hoje, na data palindrômica de 02.02.2020, vivo o último dia de meus quatro anos de mandato como presidente nacional da Ampro (nascida 27 anos atrás “Associação de Marketing Promocional”).
Na data palindrômica de 02.02.2020, vivi o último dia de meus quatro anos de mandato como presidente nacional da Ampro (nascida 27 anos atrás “Associação de Marketing Promocional”).
Liderar a entidade que representa as empresas e empresários do segmento em que decidi militar 25 anos atrás foi uma experiência enriquecedora e de muito aprendizado.
Hoje posso dizer que conheço a fundo o live marketing (a denominação atual do antigo “Marketing Promocional”) brasileiro e seus players importantes.
Entendo os detalhes da dinâmica da cadeia de valor, distingo operações sérias de aventuras, identifico oportunidades de crescimento e novos e inteligentes modelos de atuação.
De um ponto de vista privilegiado, tenho segurança que o marketing ao vivo, da experiência, unido ao digital, compõe a chave mais eficaz para a comunicação de empresas, produtos e serviços com seus diferentes públicos.
Ao longo desses quatro anos também fiz amigos, alguns que tornaram-se pessoalmente bem próximos, e ampliei ainda mais meu networking.
Agradeço de coração escancarado a todos que de alguma forma contribuíram com nosso trabalho.
Abro mão de declinar nomes porque seriam muitos e a lista (além de chata) seguramente traria omissões.
Mas faço questão de exaltar o staff profissional da Ampro e meu grande parceiro na jornada, Celio Ashcar Jr., com quem dividi o comando durante os dois mandatos, e que revelou-se um par brilhante, inspirador, ‘muuuuito’ engraçado e comprometido de fato com o crescimento da entidade e do setor em si.
Tampouco vou fazer listinha de nossas conquistas desse período. Mas levo comigo um sentimento bom de dever cumprido. Os objetivos de ‘glamourizar’ o live marketing e fortalecer sua presença institucional foram plenamente alcançados.
Hoje o live marketing e a Ampro tornaram-se muito mais ‘sexies’ e presentes nas grandes discussões. Conseguimos que o modelo oficial de edital de licitações públicas para o setor seguisse as melhores práticas do mercado.
Construímos relações sólidas com entidades correlatas, órgãos de governo, e nos aproximamos realmente da ABA, a instituição que congrega os clientes, de quem entendemos devemos ficar perto para estimular discussões de alto nível em vez de embates estéreis.
Avançamos muito e com ações palpáveis nas batalhas contra o assédio e o preconceito, a favor do empoderamento feminino e da diversidade.
No segundo semestre de 2019, obtivemos finalmente uma cadeira para a Ampro na Câmara de Turismo da Confederação Nacional do Comércio. E faltando inacreditáveis 3 dias para o término de nosso mandato, veio o happy end que nem o mais criativo dos roteiristas arriscaria ter escrito.
A batalha de décadas pelo fim da injusta bitributação em nosso setor foi vencida, a princípio na cidade de São Paulo, mas em breve o será em todo o País.
Foi tudo um gigantesco jardim florido? Certamente não. Nem todo mundo ajuda a remar. Nem todo mundo joga junto.
O assédio moral corporativo de grandes empresas contra as agências ainda é uma realidade, embora mais velado e com inúmeras (e admiráveis) exceções.
A miopia de empresários do setor, que mantém-se afastados da Ampro (quem acha que não precisa estar junto de seus pares é apenas egoísta? Ou também um pouco aproveitador por usufruir das conquistas sem contribuir com o esforço?), e que desconsideram os princípios de valor jogando sujo nas concorrências e execução de trabalhos, ainda está longe de desaparecer.
A obviedade das vantagens da união dos players do setor ainda não é óbvia para muitos, e prejudica a construção de um mercado mais saudável, maduro e sustentável.
A presença regional da Ampro precisa fortalecer-se, e o trabalho de formação de jovens profissionais do setor, ampliar-se.
Há muito o que fazer, portanto. E o será.
Na cerimônia de posse de nosso primeiro mandato, eu e Celio ouvimos nosso antecessor dizer-se feliz porque a Ampro caminhava para ser melhor.
Ele não queria dizer que nós éramos melhores que ele, mas que a entidade tendia a ser mais poderosa com duas pessoas no comando, em vez de apenas uma. Estava certo.
No momento em que deixamos a direção da Ampro e passamos a ser membros do Conselho da entidade, sou eu a me dizer feliz.
Porque também nós alteramos o sistema de governança e substituímos as posições de presidente e chairman voluntários por um presidente-executivo, com dedicação integral e exclusiva.
A partir de agora, Alexis Pagliarini, o cara certo no lugar certo, passa a responder pelo comando da Ampro, e está focado em avançar o trabalho.
De minha parte, devolvo a energia integral ao dia a dia de minhas agências (Etna e Spice) e já escolhi para onde direcionar o tempo de trabalho voluntário até agora empregado na Ampro.
Assumi, a convite, a coordenação das plataformas de comunicação da Aliança por Brumadinho, e espero poder contribuir efetivamente para que as comunidades afetadas pela tragédia superem os efeitos dela da melhor forma. Aliás, ajudas são bem-vindas!
O [email protected] deixa de operar. O [email protected], bem como o [email protected], continuam sendo os bons caminhos para me encontrar.
Seguimos na luta!