Summits, workshops, cursos, palestras, e treinamentos são produzidos hoje aos montes, isso sem falar nos posts, canais do Youtube, vídeos e livros… enfim um mercado que movimenta milhões. Se alguém se acha inspirador e jura que tem uma história incrível para dividir… então prepare-se, lá vem ele: o palestrante!
Não há lugar que você vá que não se venda um palestrante como um cara diferenciado, de ideias modernas e uma grande exemplo a ser seguido, criador de um método infalível para você ser empreendedor, faturar o seu primeiro milhão e, como ele, ser um sucesso. Pena que na maioria das vezes isso só funcione para ele mesmo, e o simples fato de você estar ali assitindo-o certamente ajuda nisso. Toda a pilhação e energia das horas em plenária, vão se esvaindo no passar de dias, quando não de horas.
A gente vê de tudo por aí: os sacerdotais, os pilhados que não te deixam sentar um minuto na cadeira. Mas também tem os prolixos, os incompreensíveis, os afoitos, os ansiosos, os empolgados e muitos sequer nasceram para a tarefa de ensinar, repassar ou dividir: são tímidos, incongruentes, de difícil dicção, travados e monótonos. Se conteúdo é algo importante, a forma não bem trabalhada joga tudo por terra. Vale aqui também a questão da apresentação que auxilia a palestra, deixando claro que não se chama minimalismo colocar uma única frase num fundo preto em todos os slides.
Chris Anderson, em seu livro “TED Talks”, deixa claro que uma das grandes dicas para um conteúdo de sucesso é que ele venha de um depoimento pessoal, verdadeiro e que isso seja passado na palestra da sua forma mais natural.
Os grandes storytellers são pessoas que nos transportam de um lugar a outro em um simples piscar de olhos, nos hipnotizam e nos fazem sentir melhor. Assistir “As escolas acabam com a criatividade? (Do schools kill creativity?) com Sir Ken Robinson, “Sua linguagem corporal molda quem você é” (Your body language may shape who you are) com Amy Cuddy, “Como grandes líderes inspiram ação” (How great leaders inspire action) com Simon Sinek, “O poder da vulnerabilidade” (The power of vulnerability) com Brené Brown ou “Por que fazemos o que fazemos (Why we do what we do) com Tony Robbins – algumas das palestras mais vistas do TED – mostram realmente o que é ter domínio de conteúdo e forma, e como é encantar uma audiência com sua técnica, proficiência e carisma. Aqui no Brasil também podemos ver isso de formas diferentes com Clóvis de Barros Filho, Lendro Karnal, Bernardinho, José Roberto Guimarães, Edu Lyra, Mário Sérgio Cortella, Béia Carvalho, Neide dos Santos Silva, entre muitos outros.
Se você está neste caminho, não há nada errado em se basear nestes bons exemplos, mas mais importante do que seguir estas tendências ou o caminho que todos estão trilhando, é buscar sua originalidade, o seu próprio jeito e ir atrás de conhecimento e técnica para corrigir aquilo que não veio no seu dom natural.
Afinal, você pode até se ver como palestrante que pode fazer a diferença, mas se não for um, ainda há muitas formas de você trabalhar isso e passar a ser.
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