A Comunicação ficou chata e previsível porque, acostumada a influenciar de cima para baixo, as mídias tradicionais foram, aos poucos, ficando iguais aos três macaquinhos: cega, surda e muda. De fato, somos impactados, a todo tempo, por diferentes interfaces tecnológicas.
Daí, nosso discernimento e consequente escolha de que informação receber ficou mais que seletiva, ficou “severetiva”.
Queremos aprender e apreender, mas queremos decidir o quê. Vale pensar sobre o processo ensino-aprendizado. Não?
Considerando que ensino é a transmissão de informações ou de conhecimentos úteis, eu disse ÚTEIS, ou indispensáveis à educação, ou a um fim determinado. E que aprendizagem, etimologicamente, é a aquisição de conhecimento ou habilidade, um processo de integração e adaptação do ser ao ambiente em que vive, implicando mudança de comportamento. Nos perguntamos: Qual a diferença entre aprendizado e conhecimento?
Conhecimento é passado, algo que já está na memória. Já aprendizado é sempre presente.
Os conteúdos, advindos das informações que recebemos, hoje, aos montes, têm que ser depurados, sob pena do nosso presente não gerar futuro nenhum.
Edson Rufino de Souza, professor do Senac, em entrevista ao jornal O Globo em 2016, já dizia, ao responder às seguintes perguntas: O que um veículo de comunicação pode fazer para ganhar destaque entre toneladas de conteúdos que circulam pela rede?
Diante de tantas demandas de informação à nossa atenção, é preciso que haja um cuidado cada vez maior na seleção de conteúdos realmente relevantes para cada perfil de usuário.
Outra medida que pode ajudar a melhorar a comunicação neste contexto é aumentar a eficiência dela, diminuindo a carga de informação das mensagens, adequando estas à capacidade cognitiva das pessoas.
Primeiro veio a internet, depois as redes sociais, os dispositivos móveis. Qual o próximo desafio para a indústria de mídia?
Sem dúvida que a computação ubíqua é o novo desafio, em que os sistemas começam a habitar produtos e ambientes à nossa volta.
Esta já se apresenta em alguns produtos existentes, via comandos de voz, gesto, ou em dispositivos vestíveis que leem nossos sinais vitais como parte da interação, como fazem os smartwatches, entre outros.
Tornar a interação com tantos sistemas natural e o mais transparente quanto possível, bem como a resolução de desafios relacionados à privacidade, são desafios para o design de interação nos próximos anos.
É isso. Tudo está em todo lugar. Mas nós, o objeto disso tudo estamos aqui, unos e indivisíveis.
Das nossas escolhas surge, e continuará surgindo, a nova Comunicação, onde a ubiquidade chega facilmente a nós pelo digital e pelo live marketing.
Simplificando: ‘É NOIS SEMPRE!’
E sempre será. Não temam as inteligências artificiais. Como o próprio nome diz, ela vem de uma inteligência natural, autêntica, real…
E se real, ao vivo é muito mais legal!