Experiência de Marca

E se os meus textos fossem um filme de ficção?

Na verdade, escrevi esse texto voando, sobre as nuvens, na boa. E semana que vem trarei notícias de depois do arco-íris... Pensando bem, acho que esse texto dava uma tremenda festa de final de ano.

Publicado originalmente em 11 de novembro de 2014.

Como assim não falar as coisas? Não dizer nada e esperar?…

É o que me pedem alguns amigos – sei lá se são. Me dizem que sou pessimista, que coloco os outros pra baixo quando escrevo tudo o que penso. Mas o que eu escreveria então? O que não penso? O que imagino? Quem sabe então venderia ficção. Ou o nonsense.

Imagine meu texto começando com um…

Bom dia galera, porque o Sol do Live tá brilhando fofinho. As nuvens estão formando coraçõezinhos com as mãos, igual aos que fazemos quando o Luan Santana canta Incondicional.

Foto: Reprodução/Google.

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Hoje, porque não temos problemas eu os apresento o lado bom da vida – com Bradley Cooper e Jannifer Lawrence e tudo mais -, o lado bom das coisas e as virtudes que nos fazem ocupar o lugar de honra da verba dos clientes.

É isso. Estamos no Olimpo. Somos praticamente semideuses das causas eventuais, ou seja, dos eventos. E como tais, nada temos que temer, nem pensar no Chapolin, quando alguma coisa fora do eixo divino ocorrer e o grito de socorro ameaçar eclodir. E quem poderá nos salvar? No problem. Se o Chapolin estiver ocupado, Hércules é nosso e a Liga da Justiça também.

Ah!, a Dilma nem venceu a eleição. O dólar não subiu, a bolsa não caiu, nem a inflação disparou. Nada disso. Puro terrorismo da direita insufladora que comprou a Veja para colocar isso na capa. A grana só não deu para comprar a Exame e é por isso que, na capa dela, o que aparece é o mosquito da Dengue, que pagou muito menos mas é de esquerda.

Nossas agências estão tranquilaças. Tá sobrando grana do cliente, que já prometeu que em 2015 vai ter, pelo menos, três festas por mês (isso em cada um deles, os clientes. Então soma aí e vê que festa) de março a maio e de agosto a setembro.

Isso porque, nos meses de janeiro, fevereiro, junho, julho, outubro, novembro e dezembro ele tá pensando em fazer, pelo menos, umas cinco por mês.

E ele tá falando só de festas, não contabilizou na notícia congressos, feiras, ações, eventos de endomarketing, incentivo, promoções, ativações, PDV etc., etc., etc. Ou seja, prepare a horta que que vai chover pra caramba.

Por falar em chover, São Pedro tranquiliza o pessoal do Sudeste e do Nordeste, porque o Governo Federal e os Estaduais esqueceram as desavenças, inspirados por um anjo enviado pelo Pedrão, e decidiram que vão investir em ações educativas em favor do meio ambiente e de economia da água. Melhor, decidiram que quem vai fazer as ações são Agências Live.

Chapeuzinho Vermelho já avisou que esse ano, infelizmente para Victoria’s Secret, não vai trabalhar de recepcionista. O motivo é que cada vez mais pedem que seu vestido vermelho diminua e ela não se enquadra nesse perfil de beleza mundano.

Além disso, o número de lobos nos eventos aumento e parece que todo mundo quer conhecer a casa da vovozinha e essa garante que não incentiva a neta ao trabalho.

São Paulo e o Sul não vão pensar mais em se separar do Brasil, pois, depois de tanta notícia boa, chegaram a conclusão que o Rio e o Nordeste oferecem os melhores destinos para eventos de incentivo e lugares e pessoas maravilhosas para se conviver. E isso está acima de desavenças eleitoreiras.

Por outro lado, o Nordeste, o Rio e Minas não dispensam uma viagem a São Paulo e ao Sul para fazer grandes negócios e usufruir das opções sem igual de gastronomia e belezas culturais. Já que não sabem o que fazer em seus mercados, mesmo porque todas as Agências de São Paulo estão lá. Procurando o quê?

Continuamos achando que esse jeito peculiar de falar o idioma, em cada um, não passa de questão de “esses”, “erres”, “ bás”, “meus”, “oxentes” e “massas” que só mostram que somos todos um só. E vamos unir tudo no Carsulnordeslistano, nosso nova língua. Orrrrrxesbárrrrr meu!

O cliente não reduziu a verba, reduziu o verbo. Por isso é que os caras de Marketing falam cada vez menos e, quando falam, a gente não entende. Escrever, nem pensar. O verbo brifar foi abolido e em seu lugar ganhamos o verbo cortar. Nada ver com verba, como disse. Acho que falam de gente.

Dito isso o filme está acabando e vai entrar a trilha sonora pra todo mundo ficar ligado e se emocionar mais.

Já escolhemos. Será Happy, do Pharrel Williams. Optamos por não colocar música brasileira, porque a única que caberia no filme seria Tudo Azul do Lulu, mas, vendo a letra, às vezes ela fala umas verdade. Aí, por consistência de texto, não rolou.

Assim sendo, prometo que meu próximo texto vai tratar de manter a linha das boas notícias. A não ser que aconteça algo ruim no mercado e a gente tenha que escrever. Vai que acontece!

Creio que não. Gostei de meu texto de hoje. Me senti Mary Poppins. Por sinal, comprei um guarda-chuva e me rendi aos bons ventos.

Na verdade, escrevi esse texto voando, sobre as nuvens, na boa. E semana que vem trarei notícias de depois do arco-íris… Pensando bem, acho que esse texto dava uma tremenda festa de final de ano.

Acho que vou propor para aquela empresa de energia que nunca teve uma falcatrua e faz licitação fácil.

Guarda-chuva, vamos descer no Rio de Janeiro, por favor!

 

 

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