Estamos prontos para terminar o nosso período de home office forçado pelo Covid-19… Mas vale a pena este retorno?
Com a crise econômica que iremos enfrentar pelos próximos meses depois do final da quarentena devemos analisar a fundo as planilhas de custos para fazermos uma revisão inteligente do que pode ser evitado ou reduzido, concorda?
Então eu proponho um análise para todos os players do live marketing, incluindo aqui as agências e prestadores de serviço deste setor.
Tenho certeza que os CEOs e as lideranças deste setor estão preocupadas com a manutenção dos empregos das suas respectivas empresas. Muito justo e louvável esta ação.
Mas agora, depois de um longo período com os escritórios fechados por questões de segurança sanitárias, será que não vale uma análise se a performance da equipe foi reduzida ou não?
Veja bem, nunca, na história recente, tivemos esta experiência mundial de todos termos que ficar em casa por longos períodos.
Esta deveria ser, na minha opinião, um momento de profunda reflexão sobre nossos hábitos profissionais.
No passado recente, se você estivesse participando de uma videoconferência em casa e as outras pessoas escutassem o barulho de crianças ou animais domésticos (ou tudo junto!) seria motivo de embaraço e falta de profissionalismo. Mas agora, esta etiqueta profissional mudou… evoluiu… concorda?
Vale a pena ter, nesta época de “vacas magras”, um escritório na Faria Lima?
Qual é o custo desta necessidade se você é um prestador de serviços?
Uma vez ou outra um cliente vai até lá no final de tarde para fazer uma reunião?
Não estou aqui advogando contra o Face To Face ( F2F ) pois acredito que nós, Seres humanos, somos gregários e precisamos da socialização para nos desenvolvermos como pessoas.
Construir confiança e emoções podem ser mais fáceis utilizando a presença física. Alguém aí já fez uma proposta de casamento por telefone? Ops… videoconferência para se mais atual…
Em um momento que as feiras de negócios e os eventos corporativos estão entrando em uma nova Era de utilizar “eventos híbridos” (que combinam o melhor do F2F com o digital), por que não ter esta mesma movimentação no setor de escritórios?
Se a produtividade não for afetada (especialistas de plantão por favor nos ajudem) eu creio que um formato de home office com eventuais encontros físicos (1 vez por semana?) em espaços de coworking não dariam conta do recado?
Ao invés do seu cliente passar no final de tarde para tomar um café ou fazer uma reunião, o mesmo ato não poderia acontecer em um outro local? Pense nisso…
A reforma trabalhista de 2019 flexibilizou a legislação para permitir o home office. Mas existe a possibilidade de contratos de teletrabalho que deixam esta relação ainda mais segura para as partes envolvidas.
Se no início o home office era um “delírio” das equipes de TI preparando contingecy plans para o caso de catástrofes, hoje é uma ferramenta de recursos humanos para atrair millenials para as suas equipes.
Tenho certeza que o próximo estágio deste processo serão os CFOs analisando custos e se perguntando… Nós realmente precisamos disso?
Pensa nisso…