Experiência de Marca

Eu uso óculos

 “…por trás desta lente tem um cara legal” e ”…por trás desta lente bate um coração”.

“Se as meninas do Leblon não olham mais pra mim…”

Quem não se lembra da letra desta música? Mais do que marcar uma época na voz dos Paralamas do Sucesso, ela mostrava o quanto no passado era “brochante” usar óculos e como era difícil ser aceito num mundo onde os “quatro olhos”, os “ceguetas” e aqueles que usavam “as lentes de fundo de garrafa” recebiam estas pouco elogiosas formas de “homenagem”, naquilo que hoje chamamos de bullying, mas que por muito tempo foi pura encheção de saco mesmo (rs).

Mais do que uma necessidade, quem usava óculos era visto como alguém diferente, e de certa forma pagava um preço por isso. Afinal, desde sempre, os “chamados normais” não gostam dos diferentes, muito menos daqueles que com um simples objeto passavam a aparentar um ar mais sábio, catedrático ou inteligente, ou em outras palavras, podiam chamar mais a atenção do que eles.

É óbvio que boa parte disto mudou e é impressionante que hoje, em meio às inúmeras formas de tratamento para os problemas de visão, inclusive com as quase imperceptíveis lentes de contato e as cirurgias de correção, temos um grande boom do uso dos óculos.

Eles ganharam novas cores, modelos, formas, estilos, cores de lentes e se inserem dentro do mundo dos acessórios, podendo ser combinados com as roupas, o dia e a até mesmo com a ocasião.

quase “defeito” do passado para o que é atualmente uma certeira forma de diferenciação. Ou seja: quem usa continuou diferente, mas hoje pode surfar esta onda e ser considerado mais cool, aceito e isto tem uma boa dose de intencionalidade.

Óticas, marcas e um inúmeras opções estão aí para todos os gostos e é aqui que eu queria falar um pouco sobre “eu uso óculos”, afinal sou usuário há muito tempo e depois de muitos anos adotando-os e gostando de usá-los, não só os transformei numa marca pessoal, como também me mantenho informado sobre o que existe por aí e como eles podem transformar pessoas, aderindo ao seu estilo ou infelizmente as vezes criando um ruído visual que muitos nem percebem que estão gerando.

Primeiramente, vamos à primeira pergunta: você quer que seus óculos se sobressaiam no seu visual e ganhem o status de diferenciação ou quer que eles sumam no seu rosto, buscando assim uma interferência mínima? Esta pergunta é essencial para saber se você vai buscar um óculos de visual mais forte ou um mais leve.

Segundo e tão importante quanto o primeiro: preste muita atenção no desenho do seu rosto, ele já vai te informar que tipo de óculos vai combinar mais, pois existe a forma certa de combinar suas formas físicas (e aqui eu iria até além do rosto) com a armação que você está usando. Veja um exemplo abaixo:

E terceiro, para não estender muito esta lista, não se empolgue: nem sempre um óculos que fica muito bem em alguém, que você viu num filme e que um artista famoso usa, vai ficar legal em você. E isso eu vejo de monte… Não importa se ele é de uma marca super cool, custa caro ou seja de um modelo exclusivo, você pode até mostrar condições financeiras para obté-lo, mas pode ser que não tenha trazido junto nenhum tipo de critério estético, e a “vítima pode ser você”.

Já vi muita gente de rosto redondo usando um óculos redondo ou seja: ficaram parecendo uma bolacha Trakinas. Outros, com rosto cheio e usando barba encaixam um óculos tão grande que ficam parecendo que usam uma máscara. Outros ainda usam uns com tantos detalhes metálicos que a gente fica ofuscado. E tem mais outros que não vêem o quanto o design do frame (hastes) pode levantar ou abaixar sua fisionomia, lhe dando um ar de triste ou feliz, em outras palavras.

Como também temos o grande uso dos óculos de sol, não temos como negar: ninguém os usa sem algum tipo de intenção e é aqui, justamente aqui, que eu trouxe a minha provocação de hoje, pois até agora tudo parecia apenas um discurso sobre uma das minhas paixões e todo o impacto estético dela nas pessoas.

“Nós não viemos ao mundo à passeio”. Acredite! Mesmo “chavão”, esta frase é uma grande verdade. E se você acha que ficando no seu cantinho, fazendo seu trabalhinho escondidinho e fazendo o mínimo barulho para que ninguém o veja, se omitindo das principais discussões, sendo omisso nos momentos que é importante sua presença, valorizando desesperadamente uma visão de grupo para diminuir a importância individual, aumentando o som do seu potente fone de ouvido “Princesa Leia” vivendo um mundo só seu, e ainda não entendeu que desde a época da escola que trabalho em grupo pressupõe que todos apareçam e não apenas coloquem seu nome…Cara, não tem óculos que vai conseguir melhorar a sua própria imagem!

Vivemos o mundo da relevância e seja no mundo físico, digital, real, social ou no velho dilema entre a inteligência artificial ou a natural, vivemos, construímos e montamos nossa história a partir da importância e cuidado que podemos ter com nosso próprio visual e isso pode ser com uma armação mais grossa ou mais fina.

Mais do que uma correção de foco e imagem, os óculos trazem uma grande mensagem e metáfora em como podemos realmente buscar protagonismo e diferenciação, em uma realidade profissional e pessoal que pune de maneira definitiva todos aqueles que buscam o ostracismo e o anonimato.

Ok, existem formas, níveis de intensidade e ninguém é louco de vender um produto que não entrega, mas da próxima vez que você se olhar no espelho, tente ver o que sua imagem passa! Que tipo de pessoa, profissional, amigo, parente ou ser humano você aparenta ser? O que pode está legal e o que precisa ser mudado?

Pesquisas recentes mostraram que pessoas em estado de depressão tiveram uma grande melhora quando fizeram aplicações estéticas em seus rostos (tipo botox) e que lhe trouxeram uma fisionomia mais alegre, atenta e positiva. É como se elas se deixassem seduzir pela própria fisionomia, olha que incrível?!

Vale lembrar do desafio já proposto: Dê um sorriso e agora tente pensar em algo ruim.

Você consegue?

Nossa fisionomia não enfeita apenas o pavoroso formato 3×4 dos documentos, ela determina claramente o nosso mais real e imediato cartão de visitas. E mais do que um conselho para quem usa ou vai usar óculos saber o que esperar deles para garantir um resultado melhor no seu visual, para os que não os usam fica também a dica de se preocuparem com sua fisionomia para que ela também te venda corretamente.

Usando ainda a letra da música, não dá para ficar perguntando “Porque você não olha pra mim, ô ô?”… Trabalhe firmemente para que numa primeira impressão, as pessoas possam ver um semblante, uma atmosfera, um ar e principalmente um olhar que comunique os seus melhores predicados, seus melhores pontos e que assim você consiga um novo emprego, uma promoção, um novo amigo, um novo amor ou simplesmente tenha o prazer e a certeza de sentir realmente que

 “…por trás desta lente tem um cara legal” e ”…por trás desta lente bate um coração”.

 

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