Experiência de Marca

Expocachaça deve movimentar R$ 50 milhões

Os negócios serão impulsionados pela variedade de empresas presentes no evento, incluindo desde produtores de cachaça e de cerveja artesanais até empresas especializadas em insumos e fábricas para os setores.

A 27ª edição da Expocachaça e a 11ª Brasilbier, que acontecerá de 8 a 11 de junho, no Expominas, em Belo Horizonte, deve movimentar cerca de R$ 50 milhões em negócios durante e após a feira. O faturamento esperado é 20% superior ao registrado na edição anterior.

Os negócios serão impulsionados pela variedade de empresas presentes no evento, incluindo desde produtores de cachaça e de cerveja artesanais até empresas especializadas em insumos e fábricas para os setores. A novidade deste ano será o lançamento da Carreta Alambique-escola Brasil, que percorrerá o País promovendo a capacitação e o aperfeiçoamento da mão de obra da cadeia produtiva.

De acordo com o presidente da Expocachaça, José Lúcio Mendes Ferreira, mesmo em período de crise econômica, a feira registrou crescimento de 25% na área física nos últimos anos e a tendência é de manter o ritmo aquecido.

“Estamos comemorando 20 anos da Expocachaça, com 27 edições realizadas, e nossas expectativas são muito positivas. Ao longo dos anos, recebemos mais de 2,05 milhões de visitantes e os negócios promovidos pela feira já somaram cerca de R$ 300 milhões. A cachaça artesanal vem conquistando espaço e sendo reconhecida como uma bebida de qualidade. Isto é muito importante para o setor que enfrenta desafios enormes, como a carga tributária alta. A cada dez garrafas de cachaça artesanal produzidas, oito são para pagar impostos e na cerveja são seis em cada dez”, explicou.

Nesta edição, o espaço dedicado à Expocachaça e a Brasilbier será de 12 mil metros quadrados, que irão abrigar cerca de 150 estandes de marcas variadas de cachaça, cervejas e empresas fornecedoras de máquinas e insumos para o setor. A expectativa é reunir em torno de 600 marcas de cachaça de produtores de todo o País e 50 marcas de cervejas.

Além dos produtos mineiros, estarão presentes na feira produtores de 22 Estados, entre eles Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, entre outros. Também haverá caravanas de visitantes e a expectativa é que o número de visitantes gire em torno de 40 mil a 50 mil durante todo o evento.

Capacitação

Nesta edição, será apresentada a Carreta Alambique-escola Brasil, veículo que será utilizado para a capacitação dos produtores de cachaça artesanal. Idealizado pelo Centro Brasileiro de Referência da Cachaça (CBRC) em parceria com a Truckvan – empresa de soluções sobre rodas -, a carreta é uma unidade de capacitação e aperfeiçoamento da mão de obra da cadeia produtiva. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e o Alambique Santa Efigênia também participam do projeto.

O veículo está equipado com um alambique escola de cachaça e coluna de álcool, laboratório, biblioteca e acervo de vídeos e uma sala de aulas com 15 lugares. Foram investidos R$ 1,2 milhão no projeto de construção da carreta.

De acordo com Ferreira, o objetivo é ensinar sobre as boas práticas de produção de cachaça e álcool e orientar os produtores sobre questões legais e ambientais, garantindo a flexibilidade e agilidade necessárias para atingir as regiões brasileiras produtoras com grande concentração de alambiques formais e informais carentes de assistência técnica e informações.

“A carreta é muito importante porque vamos levar ao produtor o conhecimento, a informação de boas práticas para tentar reduzir a informalidade e dar ao produtor condições de produzir com qualidade. O objetivo é percorrer o Brasil, mas o veículo ficará sediado em Belo Horizonte, já que em Minas Gerais temos cerca de nove mil alambiques distribuídos em 853 municípios. Além dos produtores, os cursos também serão voltados para o consumidor final e bartenders.”

Em relação ao mercado, as expectativas para os próximos anos são positivas. Com o retorno da cachaça e da cerveja artesanal para o Simples Nacional, regime que simplifica a cobrança tributária de micro e pequenas empresas, a expectativa é que a tributação incidente sobre a produção da cachaça caia significativamente, dando novo fôlego ao setor e garantindo condições financeiras para que os produtores voltem a regularizar a produção.