Existem empreendedores e empresários. Empresários são a grande minoria de todos que tem algum tipo de empresa. Empreendedores, grupo que me coloco, são a maioria esmagadora dos que têm empresas no Brasil. A teoria é minha, não é baseada em nada além do que acredito.
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Gosto de imaginar como empresários aqueles com centenas de funcionários, estrutura completa para trabalhar, e grandes negociações. Empreendedores, os outros milhares, são os que matam um leão por dia, muitas vezes sem equipe e sem estrutura. Não são mais nem menos importantes que os empresários. São apenas diferentes.
Sou uma das centenas de pessoas que empreende em comunicação aqui no Brasil – talvez milhares. Mais que glamour, meu dia é de trabalho, suor, derrotas e vitórias. Cada dia é diferente do outro, mas todos são suados.
Gerir equipe é complicado e trabalhoso, os impostos tornam o Governo nosso segundo sócio, os sistemas e a tecnologia para desempenhar um bom trabalho sempre caros, e nosso dia não termina nunca. Começa cedo e termina muito tarde. A preocupação em atender bem o cliente, manter a equipe motivada e feliz, os processos funcionando e as contas em dia vez em quando tiram o sono.
Soma-se a isso tudo, o fato de, para parte dos brasileiros, o empresário ou o empreendedor ainda ser um vilão. Este texto não é um desabafo, mas uma constatação que vale ser dividida com outros que querem ou que empreendem atualmente. É para desistir? Não! Afinal, acredito que quem empreende não escolhe empreender. É um propósito, um sonho difícil de controlar, ou algo que talvez venha de nascença. É suado, mas também maravilhoso.
Tony Coelho, esta semana, comentou no seu artigo que podemos dialogar nestes nosso espaço, e ele tem razão. Tony é um empreendedor nato, seja com empresas de comunicação ou com palestras e cursos. Assim como eu, conhece as dificuldades mas as maravilhas de empreender. Marina, também colunista daqui, também tem sua empresa. Conhece como funciona nosso mercado.
Este mês, tive o privilégio de ser convidado para a festa de dez anos da agência Rock, do meu amigo que Kito Mansano. É uma agência de sucesso, que emprega sei lá quantas pessoas, que atende grandes clientes, e realiza um ótimo trabalho. Agências como essa devem ser cada vez mais valorizadas, ja que se destacar nesse setor não é uma tarefa fácil. Demanda suor, dedicação, talento, muita disciplina e trabalho.
O texto de hoje tem como objetivo valorizar o trabalho de todos que constroem, desenvolvem, sonham e fazem acontecer, seja em nosso mercado ou em qualquer outro.
Empreender não é fácil – ainda bem. Se fosse, que graça teria?