A produção artesanal de objetos proporciona um complemento para a renda apesar de ainda ser um trabalho informal para a maioria dos artesãos. Feiras e eventos são ótimas oportunidades para apresentar o produto ao mercado.
Em novembro o Rio de Janeiro vai sediar a Feira Patchwork Design. Nos dias 8 a 11, das 13h às 19h, o Clube Monte Líbano, na Lagoa, vai reunir estandes de serviços e produtos da indústria têxtil como tecidos, maquinários, revistas e livros, produtos de decoração, cama, mesa, banho, vestuário, acessórios e joias artesanais.
A feira oferece também nove Oficinas gratuitas, por dia, para quem quer aprender a fazer um pequeno artesanato com mais de 500 vagas e inscrições feitas no local e cursos de artesanato com quatro horas de duração onde o participante aprende a fazer peças mais elaboradas que podem ser multiplicadas para venda. As inscrições podem ser feitas no site www.bializ.compatchworkdesign.
O patchwork só chegou ao Brasil na década de 60, quando foi descoberta por estilistas e decoradores. Nos anos 90 a técnica ganhou força e hoje o patchwork é cada vez mais reconhecido como obra de arte. Técnica conhecida por seus desenhos delicados, o patchwork vem ganhando atualmente, contornos mais ousados, com novas linguagens.
Zeca Medeiros, produtor da feira que acontece há 18 anos, disse que “na última edição do evento no Rio, em abril desse ano, teve um crescimento de 40% em relação ao evento do ano passado”.
– O aumento surpreendente no faturamento se deve a crise que potencializa o mercado do artesanato. O consumidor que está em busca de soluções originais e com bom preço, alimenta a cadeia produtiva com aumento nas vendas, beneficiando o artesão. O faturamento de cada expositor na feira oscila entre R$ 17 mil e R$ 60 mil, dependendo do produto oferecido, explica Zeca Medeiros.
O excelente resultado da última edição no Rio de Janeiro levou os expositores a pedirem uma segunda edição. “A feira ganhou um dia a mais que os outros anos e com isso esperamos bater um novo recorde no faturamento e gerar mais oportunidades de negócios”, afirma Zeca.
O mercado cresceu tanto que desde 2011 a Patchwork Design passou a acontecer também em São Paulo e esse ano chegou a Curitiba. Só em 2017 a feira já recebeu mais de 11 mil visitantes, 23% a mais que em 2016. A expectativa, segundo a organização do evento, é de que o volume de negócios ultrapasse R$ 3 milhões.
O setor é tão promissor que há exemplos de profissionais que se deslocam de outros estados para atingir novos mercados. O artesão Ubiratan Fonseca de Itauna, em Minas Gerais, acredita nesse investimento e participa de eventos em várias cidades e o Rio de janeiro será a próxima. “Tenho um produto especial e participar de feiras como a Patchwork Design que atrai o consumidor final e lojista é receita de sucesso garantido”.
A gerente da Área de Economia Criativa do SEBRAE, Heliana Marinho ressalta que nichos como feiras e eventos são ótimas oportunidades para apresentar o produto ao mercado