Quem está mais antenado já entrou no debate da restrição imposta pela Globo à menção por mensagens apontando para redes sociais nos comerciais veiculados na telinha. A conversa começou porque vazou o comunicado da central de comercialização da emissora, de que os comerciais não podem mais inserir o nome das redes sociais, passando a ser tratado como multiplicidade. Neste caso, aquele comercial do Camaro, da Chevrolet será sobretaxado porque no final exibe a mensagem: continua em www.youtube.com.br/camaro.
Inúmeras manifestações dão enfoque à censura das redes sociais como um movimento para ampliar a supremacia da rede. Mas, de fato, o que está em jogo é a exibição sem custo para, por exemplo, o Facebook, que já figura entre as marcas de maior valor no planeta.
O mais interessante é que a grande maioria quer ver a menção do Facebook sem se dar conta que, efetivamente, a marca está ganhando leads com esta exposição e que não tem nada a ver com a censura da Globo em relação às redes sociais, mas uma adaptação comercial a uma nova realidade.
Quem perde menos com isso é o Twitter, pois a simples menção “@algumacoisa” já intui link para o serviço. Pouco tempo atrás a campanha comercial do Google Chrome nos intervalos da emissora coincidiu com a invasão do Complexo do Alemão, onde as ações da polícia foram ilustradas nos mapas e alguns infográficos exibidos em off durante matérias no Jornal Nacional e lá estava a logomarca Google.
Ou quando, no meio do ano passado, o Luis Roberto, no Jornal da Globo falou que era “só procurar no YouTube que vocês encontram o que eu tô falando” e a âncora teve que cortar com “lembrando que também podem procurar nos vídeos da globo.com.”
Por fim, fica a pergunta: você passaria a sair na rua para trabalhar com uma camiseta do Facebook sem ganhar nada com isso?
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