A internet tem mais poder de influência sobre os consumidores do que capacidade de gerar compras virtuais. Pelo menos é o que afirma o Google, que tem usado esses dados nas conversas com os anunciantes, segundo matéria de Gabriel Baldocchi para a Folha.com.
“O comércio eletrônico é muito importante, mas não é a pedra regular na internet”, sentenciou Alejandro Zuzenberg, diretor do Google na Argentina, durante conferência da companhia para a América Latina.
Acontece que 62% dos consumidores buscam informações na internet antes de adquirir determinado produto; sites de busca e redes sociais são os mais procurados nessas horas. Destes, 32% conversam ou compartilham informações sobre o produto antes de finalizar a compra.
Isso significa que a internet passou a ser o “lugar” onde as pessoas fazem a decisão final quanto a adquirir ou não alguma coisa. Antes esse era o papel dos pontos de venda, os famosos PDVs. “Esse é o ponto que trabalhamos com nossos clientes”, disse o executivo.
Para Zuzenberg, as empresas devem trilhar um caminho inverso e usar a publicidade em mídias tradicionais – TV, jornais, revistas etc. – para levar o consumidor ao ambiente virtual e que isso deve ser trabalhado, também, no on-line. “O que encontramos é que quem mais investe em publicidade (tradicional) mais tem busca on-line”, afirmou. “É o complemento de ambas que funciona melhor.”
Ainda segundo os dados do Google, 83% dos compradores em potencial confiam nas informações adquiridas por meio da rede.