A pandemia desencadeada pelo Coronavírus impôs uma série de desafios ao mundo todo. No Brasil, onde o número de casos já passou da marca de um milhão, o impacto se estende a diferentes áreas, impondo desafios à população na busca por emprego, educação, segurança, acesso a equipamentos de saúde e à informação de qualidade.
Para ajudar o país a enfrentar o momento de crise atual e se preparar para um possível cenário de recuperação, o Google.org — braço filantrópico do Google — já destinou aproximadamente R$ 12 milhões a organizações brasileiras focadas em combater os efeitos do Covid-19 nos setores mais impactados da sociedade.
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A crise afeta a todos, mas seus danos são ainda mais sensíveis para a população pobre, contribuindo para aumentar ainda mais as disparidades presentes no Brasil.
Acreditamos que projetos que usem tecnologia podem ser grandes aliados na missão de ajudar aqueles que estão sendo mais prejudicados pela pandemia, ao mesmo tempo em que dão condições para a retomada gradual das atividades em um futuro próximo.
É o caso do Potência Feminina, um programa nacional de apoio a negócios liderados por mulheres, as mais afetadas pela crise, segundo a ONU.
O projeto tem foco na capacitação em temas de empreendedorismo, empregabilidade e tecnologia; e conta, ainda, com etapas de aceleração de negócios e capital semente.
Desenvolvido pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME), com apoio do Google.org, o Potência Feminina espera beneficiar diretamente mais de 50 mil pequenas e médias empresas sob comando feminino nos próximos dois anos.
Nesta primeira fase, o IRME treinará tutoras locais e fornecerá computadores e acesso à internet a organizações da sociedade civil, localizadas em comunidades menos favorecidas de dez cidades do país. As entidades interessadas podem se inscrever neste link.
Com o objetivo de garantir qualificação profissional e igualdade de oportunidades e acesso ao mercado de trabalho a pessoas transgêneras, apoiamos também o projeto TRANSformAção, realizado pela Transempregos em parceria com a Associação Mães pela Diversidade.
Mais de mil pessoas receberão capacitação em habilidades digitais e socioemocionais, treinamento para profissionalização de seus currículos e conhecimentos importantes do campo jurídico para garantia de seus direitos.
Após o treinamento, o objetivo será estabelecer uma conexão com empresas que mantêm valores de diversidade alinhados ao projeto e estão em busca de profissionais.
Acesso à educação
Com os estudantes afastados das escolas, professores das redes pública e privada de ensino passaram a buscar formas de se manterem conectados com seus alunos e continuar a transmitir conhecimento, agora por meio da internet.
Para auxiliá-los nessa tarefa apoiamos o Conexão Educativa, iniciativa liderada pela Nova Escola, que passou a dar acesso gratuito a seis mil planos de aulas, cursos e ferramentas digitais para educadores de todo o país.
A expectativa é beneficiar cerca de 590 mil professores e impactar a aprendizagem de 11 milhões de crianças e jovens brasileiros.
Com a SaferNet, organização dedicada à segurança e defesa de direitos humanos na internet, apoiamos a criação de novos módulos do Educando para Boas Escolhas.
O projeto, feito em parceria com secretarias estaduais de educação, envolve a elaboração de aulas on-line sobre saúde mental e bem-estar, desinformação e educação midiática com objetivo de alcançar até 100 mil professores e 10 milhões de estudantes em todo o Brasil.
Criando pontes por meio da tecnologia
O Google.org buscou dar suporte a iniciativas originais da sociedade civil que adotam tecnologias para, de modo criativo, enfrentar as dificuldades impostas pela pandemia.
Em parceria com a ONG carioca Olabi, organização social dedicada à produção de tecnologias, fomentou a criação da ProtegeBR, uma plataforma on-line que reúne mais de 250 iniciativas locais e está ajudando a conectar instituições de saúde a fornecedores e fabricantes de equipamentos, como ventiladores, respiradores, entre outros, com objetivo de apoiar o combate à COVID-19.
A necessidade de manter a população dentro de casa durante a pandemia promoveu um impacto muito mais grave nas vidas de mulheres que são vítimas de violência doméstica.
Os índices desse tipo de caso, segundo a ONU Mulheres, vêm crescendo em diversos países no mundo. No Brasil, os registros de feminicídio aumentaram 22,2% entre março e abril deste ano, de acordo com estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Com o intuito de ajudar mulheres sob esta situação a se manterem seguras, apoiamos o desenvolvimento do ISA.bot em 2019 e a sua recente atualização para incorporar mais conteúdo e recursos à robô sobre violência doméstica, permitindo, por exemplo, avisar alguém de confiança.
Em um momento em que a busca por atendimento psicológico aumentou, contribuímos também com o Vita Alere, instituto dedicado à pesquisa e divulgação de informação sobre saúde mental e suicídio, para o desenvolvimento do Mapa da Saúde Mental.
O projeto reúne dados de localização e contatos de uma rede de profissionais e entidades da saúde que realizam atendimento gratuito e on-line, bem como de estruturas como Caps (Centro de Atenção Psicossocial), Caism (Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental), hospitais e clínicas.
Continuaremos nossos esforços juntos com a sociedade e atentos a projetos de organizações que busquem soluções criativas sobre temas relevantes para o Brasil.
Por meio do Google.org, seguiremos apoiando o trabalho de quem se propõe a usar tecnologia para ajudar a resolver os grandes problemas que afligem nossa sociedade. O momento sem precedentes que estamos vivendo pede colaboração e solidariedade para que, juntos, estejamos mais fortes e preparados para os próximos passos.